Funcionários que permitiram invasão na final da Copa podem ser punidos
MOSCOU (Reuters) - Os funcionários que não impediram membros do grupo manifestante Pussy Riot de invadir o campo na final da Copa do Mundo da Rússia entre França e Croácia vão enfrentar ações disciplinares, disseram os organizadores do torneio nesta sexta-feira (20).
Quatro manifestantes usando uniformes policiais falsos invadiram o campo do estádio Luzhniki de Moscou no último domingo (15), interrompendo brevemente a partida, que contava com a presença do presidente russo, Vladimir Putin, e de outros chefes de Estado nas tribunas.
O chefe do comitê de organização da Copa do Mundo da Rússia, Alexei Sorokin, disse que os manifestantes "se comportaram sem respeito pelo trabalho de milhares de pessoas", mas que deveriam ter sido impedidos pelos funcionários.
"Isso é uma violação, e os guardas enfrentarão medidas disciplinares. Mas, por outro lado, este incidente foi um caso isolado", declarou, segundo o jornal russo Sports-Express.
A invasão foi o primeiro lapso de segurança significativo no torneio de cinco semanas, que fez com que a anfitriã Rússia fosse amplamente elogiada por sua organização e eficiência.
Os integrantes do grupo foram condenados a 15 dias de prisão na segunda-feira (16) e banidos de comparecer a eventos esportivos por três anos.
Pyotr Verzilov, um dos manifestantes, disse que a performance tinha como intuito mostrar como "o Estado, na forma da polícia, invade a vida das pessoas".
Outra integrante do grupo, Olga Kurachyova, disse que a ação, que interrompeu o jogo apenas brevemente, tinha como objetivo promover a liberdade de discurso e condenar políticas da Fifa.
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