Domingo 01/05/2016 - 16:00

Pref. José Liberatti, Osasco

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Audax-SP Audax-SP
  • Mike
Pós-jogo
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Santos Santos
  • Ronaldo Mendes

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Do UOL, em São Paulo

Muricy Ramalho colocou em campo diante do Corinthians a sexta escalação do São Paulo em seis jogos em 2015. Por um misto de opção tática, preservação de jogadores e oportunidade aos jovens, o treinador são-paulino não repetiu o time na temporada. Nesta quarta, uma equipe surpreendente, com algumas mudanças inéditas para o clássico, não deu certo: o time foi dominado e derrotado sem contestação em Itaquera.

Na estreia, defesa com Toloi e Edson Silva, Thiago Mendes no meio e Kardec e Luis Fabiano no ataque. Depois, Lucão ganhou lugar na defesa, Pato no ataque; Ganso voltou ao meio. No clássico com o Santos, chance para o garoto Ewandro. Contra o Bragantino, última partida, esquema com três zagueiros, estreia de Doria e Centurión, com o garoto Boschilia entre os titulares.

Diante do Corinthians, foram três mudanças inéditas: pela primeira vez no ano, Michel Bastos atuou na lateral esquerda; Doria, que só havia atuado com três zagueiros diante do Bragantino, jogou em uma formação com dois defensores. O meio com Denilson, Souza, Maicon e Ganso também apareceu pela primeira vez em 2015.

As surpresas vieram depois de uma semana repleta de mistérios: enquanto Tite revelou a escalação corintiana na terça, Muricy fechou os treinamentos, e deixou claro desde a semana passada que não revelaria a escalação. A estratégia não deu certo.

Um dos principais destaques do time na temporada, Michel Bastos não repetiu as boas atuações na lateral. Após o jogo, repetiu um discurso adotado já no começo do ano, de que rende mais no meio de campo. "Eu sei jogar, lógico, mas acho que hoje eu posso dar um pouco a mais em outra posição. Hoje o Muricy optou por isso para dar possibilidade a outro jogador, tentei dar meu máximo. A gente sempre quer jogar na nossa função", disse.

Dória também não foi bem, e vacilou em alguns lances. Na saída de campo, se irritou com perguntas sobre seu preparo físico. "Com certeza, estou preparado sim", disse, antes de deixar a zona mista.

O meio até trocou mais passes do que o Corinthians, mas, com dois centroavantes de pouca velocidade, Maicon e Ganso não encontraram espaço para enfiar as bolas. Cássio praticamente não trabalhou no Itaquerão.

Depois da partida, o próprio Muricy Ramalho reconheceu que as mudanças não surtiram efeito. "Quis liberar os dois laterais, os dois atacantes e o Ganso, mas não surtiu efeito. Não teve penetração, não teve jogada de fundo do campo. Para classificarmos na Libertadores, é muito pouco. Só com isso não tem condições".

O São Paulo volta a campo no sábado, diante do Audax, no Morumbi. Possivelmente, terá a sétima escalação da temporada. A missão, agora, é encontrar o time ideal antes de voltar a atuar pela Libertadores, diante do Danubio, na quarta-feira.
 

COMO FOI O JOGO

  • Primeiro tempoDiante do estilo de jogo do adversário, o técnico Dorival Júnior concedeu entrevista minutos antes do apito inicial dizendo que os jogadores santistas é quem definiriam qual o momento certo de pressionar (ou não) o Audax. E assim foi. O Santos marcou no campo de ataque apenas quando sentia que era hora, e com essa proposta de jogo foi, aos poucos, dominando os anfitriões, que haviam começado melhor na partida. Cauteloso, mas bastante agressivo quando retomava a bola, o time da Vila Belmiro criou as melhores chances da etapa inicial, a primeira delas com Vitor Bueno, que perdeu um gol feito aos 33min. Em rápido contra-ataque, Gabriel recebeu de Lucas Lima e tocou para o camisa 18, que demorou demais para finalizar e estragou a jogada. Três minutos depois, após bela assistência de Lucas Lima, Ricardo Oliveira carimbou a trave em bomba da entrada da área, em mais um rápido contra-ataque. E foi de novo o camisa 9 o responsável pela próxima chance de perigo do Santos. Aos 41min, ele cobrou falta no canto oposto e deu trabalho a Sidão, que espalmou e mandou a bola na trave. O Audax só voltou a melhorar nos minutos finais, após uma sonora bronca do técnico Fernando Diniz.
  • Segundo tempoMais agressivo na volta do intervalo, Santos começou o segundo tempo perdendo ainda mais gols. Vitor Bueno começou, com cabeçada quase da pequena área para fora. Depois, foi a vez de Gabriel, cara a cara com Sidão, pegar mal na bola e praticamente recuar para o goleiro. E quem não faz, toma. Minutos depois, a resposta do Audax foi precisa. Após jogada bem trabalhada, Tchê Tchê cruzou para Mike, que dominou, cortou Gustavo Henrique e, com tranquilidade, finalizou no canto esquerdo de Vanderlei, aos 12min. 1 a 0 Audax. Dez minutos depois, Mike recebeu outra bola dentro da área, mas desta vez Vanderlei se esticou e conseguiu fazer ótima defesa. Tudo parecia festa no Prefeito José Liberatti. A torcida até gritava 'olé', mas uma falha de Tchê Tchê na saída de bola silenciou o estádio. O futuro reforço palmeirense tocou errado no campo de defesa, Ronaldo Mendes interceptou e, de longe, soltou o pé para marcar um golaço. 1 a 1. E nada de segurar o resultado nos minutos finais. Os dois times seguiram no ataque e por pouco o placar não foi novamente alterado.

DESTAQUES

  • Gramado ruimAs condições do campo do estádio José Liberatti deixaram a desejar. Em pelo menos dois lances a bola ficou viva e impediu a conclusão dos atacantes.
  • Broncas de DinizO técnico do Osasco Audax foi à loucura à beira do campo devido à saída de bola. Primeiro, pediu para lá atletas afastarem o perigo da área em vez de tocar a bola na área. Depois, deu uma bronca em Velicka, que não abriu o jogo para o lado direito.
  • Torcida santistaOs visitantes tiveram espaço maior que normal no estádio do Audax. Havia 4.100 santistas no local, de um total de 12.987 lugares. Eles ficaram atrás de um dos gols.

OS MELHORES

  • Lucas LimaO meia santista deu ritmo ao jogo, com movimentação intensa. O camisa 20 deixou Ricardo Oliveira na cara do gol em lance da etapa inicial.
  • CamachoO meia esteve em todas as partes do campo e contribuiu para a saída de bola pelo chão. Ele ainda organizou o meio-campo e ditou o ritmo da partida.

OS PIORES

  • Vitor BuenoPouco participativo no meio-campo santista, perdeu dois gols quase feitos, um em cada tempo. Na etapa inicial, sozinho dentro da área, abusou do preciosismo ao tentar cortar a marcação adversária dentro da área e estragou a jogada.
  • Bruno SilvaNo primeiro tempo, o zagueiro permitiu que Ricardo Oliveira recebesse livre na área. Bruno também correu riscos na saída de bola.

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