Sábado 16/04/2016 - 18:30

Vila Belmiro, Santos

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Santos Santos
  • Vitor Bueno
  • Vitor Bueno
Pós-jogo
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São Bento São Bento

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Do UOL, em São Paulo

Muricy Ramalho colocou em campo diante do Corinthians a sexta escalação do São Paulo em seis jogos em 2015. Por um misto de opção tática, preservação de jogadores e oportunidade aos jovens, o treinador são-paulino não repetiu o time na temporada. Nesta quarta, uma equipe surpreendente, com algumas mudanças inéditas para o clássico, não deu certo: o time foi dominado e derrotado sem contestação em Itaquera.

Na estreia, defesa com Toloi e Edson Silva, Thiago Mendes no meio e Kardec e Luis Fabiano no ataque. Depois, Lucão ganhou lugar na defesa, Pato no ataque; Ganso voltou ao meio. No clássico com o Santos, chance para o garoto Ewandro. Contra o Bragantino, última partida, esquema com três zagueiros, estreia de Doria e Centurión, com o garoto Boschilia entre os titulares.

Diante do Corinthians, foram três mudanças inéditas: pela primeira vez no ano, Michel Bastos atuou na lateral esquerda; Doria, que só havia atuado com três zagueiros diante do Bragantino, jogou em uma formação com dois defensores. O meio com Denilson, Souza, Maicon e Ganso também apareceu pela primeira vez em 2015.

As surpresas vieram depois de uma semana repleta de mistérios: enquanto Tite revelou a escalação corintiana na terça, Muricy fechou os treinamentos, e deixou claro desde a semana passada que não revelaria a escalação. A estratégia não deu certo.

Um dos principais destaques do time na temporada, Michel Bastos não repetiu as boas atuações na lateral. Após o jogo, repetiu um discurso adotado já no começo do ano, de que rende mais no meio de campo. "Eu sei jogar, lógico, mas acho que hoje eu posso dar um pouco a mais em outra posição. Hoje o Muricy optou por isso para dar possibilidade a outro jogador, tentei dar meu máximo. A gente sempre quer jogar na nossa função", disse.

Dória também não foi bem, e vacilou em alguns lances. Na saída de campo, se irritou com perguntas sobre seu preparo físico. "Com certeza, estou preparado sim", disse, antes de deixar a zona mista.

O meio até trocou mais passes do que o Corinthians, mas, com dois centroavantes de pouca velocidade, Maicon e Ganso não encontraram espaço para enfiar as bolas. Cássio praticamente não trabalhou no Itaquerão.

Depois da partida, o próprio Muricy Ramalho reconheceu que as mudanças não surtiram efeito. "Quis liberar os dois laterais, os dois atacantes e o Ganso, mas não surtiu efeito. Não teve penetração, não teve jogada de fundo do campo. Para classificarmos na Libertadores, é muito pouco. Só com isso não tem condições".

O São Paulo volta a campo no sábado, diante do Audax, no Morumbi. Possivelmente, terá a sétima escalação da temporada. A missão, agora, é encontrar o time ideal antes de voltar a atuar pela Libertadores, diante do Danubio, na quarta-feira.
 

COMO FOI O JOGO

  • PRIMEIRO TEMPOO São Bento conseguiu resistir por apenas oito minutos à grande pressão feita pelo Santos a partir do apito inicial. Em grande jogada pela direita, Vitor Bueno tabelou com Gabigol, recebeu dentro da área e, com a parte de fora do pé direito, finalizou com extrema categoria e abriu o placar. 1 a 0. O gol fez o Santos diminuir o ritmo, mas não correr riscos. Sabendo o que queria dentro de campo, o time da VIla Belmiro atacava sem levar perigo, enquanto o São Bento tinha bastante trabalha para chegar com perigo ao gol de Vanderlei, algo que aconteceu apenas uma vez no primeiro tempo, em chute de Clébson da entrada da área, aos 34min. No fim do primeiro tempo, o Santos voltou a crescer na partida e, depois de perder duas grandes chances, conseguiu ampliar em mais um gol de Vitor Bueno. Gabigol abriu na esquerda para Ricardo Oliveira, que cruzou forte de esquerda e encontrou o camisa 18, que chegou de carrinho na segunda trave para fazer o segundo. 2 a 0.
  • SEGUNDO TEMPOO jogo ficou mais equilibrado no segundo tempo. Aparentemente satisfeito com o 2 a 0, o Santos tirou o pé e, aos poucos, viu o São Bento crescer na partida. Aos 24min, Anderson Cavalo - que havia acabado de entrar no lugar de Edno - perdeu chance incrível de 'colocar fogo' na partida. Ele recebeu livre, driblou Vanderlei e, já sem goleiro, bateu na trave. O time do interior ainda criou outras oportunidades, mas falhou no último passe e na finalização, facilitando assim a vida do Santos que, mesmo sem muito esforço, chegou ao 25º jogo sem derrotas na Vila e seguiu vivo na busca pelo bicampeonato estadual.

DESTAQUES

  • Fim de tabu!O Santos não vencia o São Bento há trinta anos. A última derrota do time interior havia acontecido no dia 5 de março de 1986, na Vila Belmiro. Desde então, o São Bento havia acumulado duas vitórias e sete empates diante dos alvinegros.
  • Menosprezo?Lucas Lima fez quatro ou cinco embaixadinhas ao receber uma bola no segundo tempo, com o placar em 2 a 0 a favor do Santos.
  • Perto da oitava finalFoi a oitava semifinal seguida do Santos no Campeonato Paulista. Nas últimas sete edições, o time da Vila Belmiro alcançou a decisão do Estadual.

O MELHOR

  • Vitor BuenoDecidiu a partida. Abriu o placar com um golaço e depois mostrou faro de artilheiro para marcar o segundo.

O PIOR

  • EdnoCom o São Bento criando pouco, quase não apareceu no jogo. Acabou substituído logo no começo do segundo tempo.

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