Domingo 24/04/2016 - 16:00

Vila Belmiro, Santos

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Pós-jogo
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Do UOL, em São Paulo

Muricy Ramalho colocou em campo diante do Corinthians a sexta escalação do São Paulo em seis jogos em 2015. Por um misto de opção tática, preservação de jogadores e oportunidade aos jovens, o treinador são-paulino não repetiu o time na temporada. Nesta quarta, uma equipe surpreendente, com algumas mudanças inéditas para o clássico, não deu certo: o time foi dominado e derrotado sem contestação em Itaquera.

Na estreia, defesa com Toloi e Edson Silva, Thiago Mendes no meio e Kardec e Luis Fabiano no ataque. Depois, Lucão ganhou lugar na defesa, Pato no ataque; Ganso voltou ao meio. No clássico com o Santos, chance para o garoto Ewandro. Contra o Bragantino, última partida, esquema com três zagueiros, estreia de Doria e Centurión, com o garoto Boschilia entre os titulares.

Diante do Corinthians, foram três mudanças inéditas: pela primeira vez no ano, Michel Bastos atuou na lateral esquerda; Doria, que só havia atuado com três zagueiros diante do Bragantino, jogou em uma formação com dois defensores. O meio com Denilson, Souza, Maicon e Ganso também apareceu pela primeira vez em 2015.

As surpresas vieram depois de uma semana repleta de mistérios: enquanto Tite revelou a escalação corintiana na terça, Muricy fechou os treinamentos, e deixou claro desde a semana passada que não revelaria a escalação. A estratégia não deu certo.

Um dos principais destaques do time na temporada, Michel Bastos não repetiu as boas atuações na lateral. Após o jogo, repetiu um discurso adotado já no começo do ano, de que rende mais no meio de campo. "Eu sei jogar, lógico, mas acho que hoje eu posso dar um pouco a mais em outra posição. Hoje o Muricy optou por isso para dar possibilidade a outro jogador, tentei dar meu máximo. A gente sempre quer jogar na nossa função", disse.

Dória também não foi bem, e vacilou em alguns lances. Na saída de campo, se irritou com perguntas sobre seu preparo físico. "Com certeza, estou preparado sim", disse, antes de deixar a zona mista.

O meio até trocou mais passes do que o Corinthians, mas, com dois centroavantes de pouca velocidade, Maicon e Ganso não encontraram espaço para enfiar as bolas. Cássio praticamente não trabalhou no Itaquerão.

Depois da partida, o próprio Muricy Ramalho reconheceu que as mudanças não surtiram efeito. "Quis liberar os dois laterais, os dois atacantes e o Ganso, mas não surtiu efeito. Não teve penetração, não teve jogada de fundo do campo. Para classificarmos na Libertadores, é muito pouco. Só com isso não tem condições".

O São Paulo volta a campo no sábado, diante do Audax, no Morumbi. Possivelmente, terá a sétima escalação da temporada. A missão, agora, é encontrar o time ideal antes de voltar a atuar pela Libertadores, diante do Danubio, na quarta-feira.
 

Fases do jogo

  • Primeiro tempoO Santos tomou mais iniciativa no começo e pressionou demais o Palmeiras, principalmente pelos lados do campo. Em dois momentos diferentes, os jogadores reclamaram de pênaltis não marcados. Um aos três minutos, quando a bola chutada por Vitor Bueno bateu no braço de Roger Guedes, e outro aos 19, em um lance no qual Gustavo Henrique tentou o cabeceio dentro da área e foi atingido na cabeça pela perna de Vitor Hugo. Depois da parada técnica, o Palmeiras cresceu e conseguiu ameaçar em um chute de Roger Guedes, que exigiu boa defesa de Vanderlei. Mas foi justo quando o o time visitante começava a sair para o jogo e marcar em cima a saída de bola do adversário que o Santos abriu o placar. Lucas Lima aproveitou o espaço que se abriu no meio de campo e fez um passe em profundidade na direita para Gabriel, que dominou, cortou para o meio e bateu para o gol com precisão.
  • Segundo tempoO Palmeiras voltou do segundo tempo partindo mais para cima em busca do empate, ao passo que o rival apostava nos contra-ataques. A melhor chance apareceu aos 17 minutos, quando Gabriel Jesus invadiu a área e ficou cara a cara com Vanderlei, mas concluiu por cima do gol. Mas o Santos não só se segurou como conseguiu punir o adversário da pior forma possível: com gol. Aos 29 minutos, Zeca fez boa jogada pela esquerda e passou para Gabriel marcar. Quando o jogo parecia definido, o Palmeiras reagiu de maneira impressionante. Rafael Marques diminuiu aos 42 e empatou aos 43, levando a disputa para os pênaltis.

Destaques

  • Velho conhecidoEx-jogador do Santos, Arouca foi recebido com hostilidade pela torcida na Vila Belmiro, que o xingou bastante assim que ele entrou em campo.
  • Força na VilaO Santos continua invicto em casa no Campeonato Paulista. O retrospecto aponta agora sete vitórias e três empates.
  • Grito caladoOs gols de Rafael Marques no fim acabaram com a festa da torcida do Santos, que já estava gritando "eliminado" para o Palmeiras nos últimos minutos de partida.

Melhores

  • Gabriel, SantosNovamente decisivo, fez dois gols e levou perigo aos marcadores palmeirenses em várias outras situações em que pegou na bola.
  • Rafael Marques, PalmeirasEntrou e mudou a história do jogo para o Palmeiras, fazendo dois gols na reta final e evitando uma eliminação no tempo regulamentar que parecia certa.

Piores

  • Robinho, PalmeirasSumido em campo, foi muito pouco eficiente nas construções de jogadas do Palmeiras. Acabou sendo substituído no começo do segundo tempo.

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