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Falcão mantém postura polêmica e diz que imprensa transforma suas frases

Falcão criou fato ao criticar grupo, mas não voltou atrás e disparou contra imprensa - Jefferson Bernardes/AFP
Falcão criou fato ao criticar grupo, mas não voltou atrás e disparou contra imprensa Imagem: Jefferson Bernardes/AFP

Jeremias Wernek

Em Porto Alegre

31/05/2011 18h35

A opinião de que o Inter não tem força para conquistar o Campeonato Brasileiro foi revitalizada por Paulo Roberto Falcão. O treinador não mudou um centímetro sua posição. Os argumentos dele, no entanto, não foram definitivos. Falcão ainda disparou contra os críticos. Na visão do comandante, suas declarações são transformadas. Editadas, as frases ganham outro tratamento na mão dos jornalistas.

FALCÃO DISPARA: "NÃO VIVO DE FANTASIA"

  • Jeremias Wernek/UOL Esporte

    "Eu não vivo da fantasia. Vivo do real. Talvez alguns de vocês precisem viver na fantasia. A repercussão me marcou, me surpreendeu", apontou o técnico.

“Tudo que tinha que falar, falei lá. Não mudo uma vírgula do que falei. Não houve colocação errada da minha parte. Fui muito claro e a vida é assim”, disparou um tenso Paulo Roberto Falcão, que foi sabatinado por duas dezenas de jornalistas, em cerca de 50 minutos de entrevista coletiva.

No último domingo, o treinador - em entrevista à Rádio Gaúcha, avaliou o atual elenco vermelho como insuficiente para conquistar o Brasileirão. A declaração caiu como uma bomba entre os dirigente e gerou desconforto no elenco. Coisas refutadas pelo ex-comentarista da TV Globo.

“Em nenhum momento houve falta de respeito. Eles entenderam o que eu quis dizer [...]Os jogadores do Internacional são extremamente inteligentes, a maioria com muita rodagem. Sabem com quem estão lidando”, disse.

“Quando resolvi trabalhar como treinador sai da zona de conforto. Nada disso é novidade. O que é novidade é a repercussão. Achei que a maioria da imprensa estava acostumada. Por isso me surpreende, parece algo anormal”, julgou Falcão.

Mais adiante, o treinador chamou um jornalista [não citou o nome] de mau caráter. “O que realmente é: as pessoas transformam um pouco. Eu disse no domingo que o Oscar precisava fazer reforço. Disseram que eu queria transformar o Oscar em Caçapava. Isso não é jornalismo. Isso é má fé. É mau-caratismo”, disparou.

“Cheguei a pensar em ser mais curto nas respostas. As coisas se transformam que talvez seja melhor falar menos. Só que como estive no meio de vocês, achei que poderíamos ter uma conversa mais ampla”, disse ainda.