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Zagueiro do Corinthians faz disparo acidental e deixa amigo em estado grave

Gustavo Franceschini e Renan Prates*

Em São Paulo

31/05/2011 10h02

O zagueiro do Corinthians, Leandro Castán, acertou um tiro acidental de chumbinho em um amigo na última segunda-feira, quando passava um dia de folga com a família. O jovem Leonardo Calisto, de 20 anos, atingido pelo atleta, teve o pulmão perfurado e está internado na Santa Casa de Jaú, em estado grave. 

A informação foi confirmada pela reportagem do UOL Esporte com a assessoria de imprensa do hospital, que não divulga detalhes do boletim. Edu Gaspar, gerente de futebol do Corinthians, disse, por sua vez, que o estado de Leonardo é estável e que ele ficará em observação pelas próximas 48 horas. Além disso, descartou qualquer punição ao zagueiro, que estaria tranquilo quanto ao incidente.

"Conversei com o Leandro por telefone. Perguntei como ele estava e ele disse que estava bem, até voltou de Jaú dirigindo o próprio veículo. Ele tem a cabeça boa, não foi um ato de indisciplina. Já se mostrou com um comportamento excelente. Foi uma brincadeira de amigo que ocasionou esse acidente", disse Edu, em entrevista coletiva concedida no CT do Parque Ecológico. O zagueiro apresentou-se ao técnico Tite para o treino desta terça-feira.

Castán estava em uma reunião de família acompanhado do jovem atingido, que é seu amigo de infância. Em depoimento à polícia de Jaú, o zagueiro do Corinthians informou que encontrou a vítima e outros dois amigos e os convidou para o encontro. Leonardo teria mostrado interesse em brincar de tiro ao alvo com a arma de pressão de Castán, que carregou a espingarda de calibre 4,5mm. Na hora de passar ao colega, no entanto, efetuou o disparo a um metro de distância.

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"Ele prestou esclarecimentos, foram ouvidas duas testemunhas e não há indício de desentendimento. Também não havia sinais de embriaguez. A princípio, ele responde por lesão corporal grave. Temos de ver se houve culpa ou dolo [quando há intenção do agressor]. A princípio, a tipificação é de culpa [sem intenção], mas temos de concluir a perícia para chegarmos à conclusão", disse Edmilson Marcos Bataier, delegado do Departamento de Investigação Geral da Polícia de Jaú. 

A pena para lesão corporal grave culposa é de um a cinco anos de prisão, mas Castán só responderia pelo crime caso Leonardo fizesse uma representação contra o amigo. Se a história de que tudo foi apenas um acidente for mantida, o zagueiro do Corinthians deve sair ileso.

O Corinthians informa que Leandro Castán prestou auxílio à família do jovem para os cuidados médicos. Edu Gaspar, gerente de futebol do Corinthians, também colocou o clube à disposição dos envolvidos para ajudar no que for possível. 

*Atualizada às 10h46