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São Paulo corta medalhões, economiza R$ 1 milhão e prestigia base

Rogério e L. Fabiano recebem teto salarial. Maioria recebe menos de R$ 100 mil  - Folha Imagem
Rogério e L. Fabiano recebem teto salarial. Maioria recebe menos de R$ 100 mil Imagem: Folha Imagem

Bruno Thadeu

Em São Paulo

01/06/2011 07h00

O São Paulo decidiu fazer uma “limpa” no grupo dos que recebiam altos salários no elenco. A última vítima foi o zagueiro Alex Silva, que deve assinar rescisão contratual nesta semana. Cleber Santana, Fernandão e Junior Cesar seguiram mesmo caminho. Somados os salários dos atletas que saíram recentemente e dos que estão prestes a dar adeus, o clube economizará cerca de R$ 1 milhão por mês.

Outro bem pago no São Paulo, Rodrigo Souto não deverá renovar contrato, que vence em agosto. Miranda fica no Morumbi até fim de junho, quando se transfere para o Atlético de Madri.

Com o enxugamento dos gastos, a lista dos que recebem acima de R$ 100 mil ficará reduzida no São Paulo, algo incomum entre os times da elite nacional. Os titulares Rogério Ceni, Juan, Carlinhos Paraíba, Dagoberto e Lucas pertencem ao seleto grupo.

“O São Paulo analisa a relação custo-benefício. Tudo é levado em conta. Idade do jogador, lesões, ausências em treinos, participação em campo”, destacou Adalberto Baptista, diretor de futebol do clube.

Rogério Ceni é quem possui o maior salário pago pelo São Paulo, na faixa de R$ 300 mil, mais patrocinadores. No entanto, somando salário do clube e complemento financeiro de terceiros, Luiz Fabiano é quem mais fatura, superior a R$ 700 mil. Estrela do time, Lucas ganha em torno de R$ 150 mil, embora sua multa seja de 80 milhões de euros.

Os investimentos feitos pela diretoria no CT em Cotia e o desejo do técnico Paulo César Carpegiani em testar jovens atletas ampliaram a legião de jogadores vindos da base.

Para o duelo contra o Atlético-MG, dia 8 de junho, em Sete Lagoas, a equipe titular pode ter seis atletas com passagens pelas categorias inferiores do São Paulo: Rogério Ceni, Jean, Juan, Casemiro, Wellington e Lucas.

Casemiro e Wellington possuem salários inferiores à dos medalhões.

“Não tive aumento, mas não quero nem falar sobre isso. Deu problema antes. Mas estou muito feliz no São Paulo. Isso que importa”, disse Casemiro, repreendido pelo clube no início do ano quando pediu aumento salarial publicamente.