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Ronaldo se despede contra europeus, seus principais carrascos pela seleção

Ronaldo durante entrevista coletiva na véspera de sua despedida - Thiago Bernardes/UOL
Ronaldo durante entrevista coletiva na véspera de sua despedida Imagem: Thiago Bernardes/UOL

Alexandre Sinato, Bruno Freitas e Thales Calipo

Em São Paulo

07/06/2011 07h02

Os números de Ronaldo pela seleção principal são muito positivos, mas nesta terça-feira, diante da Romênia, o ex-atacante irá se despedir contra europeus, justamente seus principais carrascos com a camisa amarela. Diante de rivais do Velho Continente, ele tem seu pior desempenho pela seleção e o maior número de derrotas, duas delas as mais marcantes.

NÚMEROS DE RONALDO CONTRA O MUNDO

EUROPEUS

45 jogos
27 vitórias
13 empates
5 derrotas
25 gols
69,6% de aproveitamento
SUL-AMERICANOS

32 jogos
22 vitórias
6 empates
4 derrotas
25 gols
77% de aproveitamento
ASIÁTICOS

10 jogos
9 vitórias
1 empates
0 derrota
7 gols
93% de aproveitamento
TIMES DA OCEANIA

4 jogos
3 vitórias
1 empate
0 derrota
4 gols
83% de aproveitamento
AFRICANOS

2 jogos
2 vitórias
0 empate
0 derrota
2 gols
100% de aproveitamento
CENTRO E NORTE-AMERICANOS

11 jogos
10 vitórias
1 empate
0 derrota
4 gols
93% de aproveitamento

Das nove derrotas que sofreu pelo time nacional em 104 jogos, cinco delas aconteceram diante de europeus (as outras quatro foram para sul-americanos). Em 45 partidas contra representantes da Europa, ele acumula 27 vitórias, 13 empates e cinco derrotas (69% de aproveitamento).

A estatística ainda assim é positiva, não fosse por duas derrotas em especial. Ronaldo disputou quatro Copas do Mundo e entrou em campo em três delas (foi reserva em 1994). E se ganhou o título em 2002 batendo um europeu na final (2 a 0 na Alemanha), nas outras duas edições a França estragou a festa, vencendo na final de 1998 e nas quartas de 2006.

“O torcedor ainda sofre mais que eu por 1998, eu encaro como esporte, não dá para ganhar sempre. E acredito na justiça do esporte de que o melhor sempre vence. Não sei se não deu certo em 98 por todos aqueles problemas [convulsão que teve antes da final], mas 2002 chegou tão rápido que apagamos aquilo com uma borracha sem deixar nenhum vestígio”, recordou ele.

Ronaldo não veste a camisa da seleção desde o revés de 2006, ocorrido no dia 1º de julho, quando a França triunfou por 1 a 0 nas quartas. Dunga assumiu a seleção na sequência e o barrou em suas convocações.

A campanha na Alemanha ainda gerou uma briga pública entre o Fenômeno e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. O primeiro disse que a preparação foi um circo. O dirigente respondeu dizendo que alguns chegavam bêbados ao hotel pela manhã.

O tempo passou e a roda política do futebol fez Ronaldo e Teixeira se aproximarem novamente. Surgiu, então, a partida de despedida para o Fenômeno nesta terça e a homenagem programada para o intervalo do jogo contra os romenos. Na segunda, o ex-jogador ganhou de Teixeira um relógio de ouro exclusivo. E a relação dos dois agora é marcada por sorrisos e afagos.

“Você esteve em três finais, foi duas vezes campeão, três vezes eleito o melhor do mundo, foi o maior artilheiro das Copas, então acho que essa história já resume tudo aquilo que você representou para o futebol brasileiro, razão pela qual considero que você foi o melhor jogador que passou pela seleção brasileira durante a minha gestão”, resumiu Teixeira, derretendo-se em elogios a seu “novo velho queridinho”.

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