Conselho do Vasco aprova prorrogação de mandato; oposição promete ir à Justiça
Nem mesmo a conquista da Copa do Brasil foi capaz de amenizar o clima polêmico da conturbada eleição do Vasco. Após idas e vindas na Justiça, o processo eleitoral vascaíno ganhou mais um capítulo na noite da última quinta-feira. Em reunião realizada na sede náutica da Lagoa, zona sul da cidade, o conselho deliberativo do clube aprovou, por 116 votos contra 79, a prorrogação do mandato do atual presidente Roberto Dinamite e de outros três poderes cruzmaltinos (Assembleia Geral, Conselho Fiscal e o próprio Conselho Deliberativo).
OPOSIÇÃO QUESTIONA...
Quando você tem que fazer uma alteração estatutária, é necessário um quórum especial, com a decisão sendo tomada por mais de dois terços dos presentes, o que não houve. Infelizmente, o que eu posso dizer é que lamentavelmente termina na Justiça
Convocada em caráter de urgência, a reunião foi necessária já que o atual mandato destes poderes se encerra no final deste mês e a decisão sobre essa continuidade não está prevista no Estatuto. Por maioria simples, Dinamite e os outros três poderes ficarão no cargo até a data da posse da nova diretoria, que será escolhida no pleito do dia 2 de agosto.
Insatisfeitos, mais uma vez, com a decisão do Conselho Deliberativo, a oposição vascaína, liderada por Pedro Valente e Eurico Miranda, garante que a prorrogação do mandato não ocorre dentro de uma legalidade. Considerando que a decisão tomada foi uma reforma estatutária, eles prometem ir à Justiça para reverter o caso e atrasar o processo eleitoral.
"Quando você tem que fazer uma alteração estatutária, e a prorrogação de mandato nada mais é do que uma alteração estatutária, é necessário um quórum especial e a votação tem que ser pelo resultado de dois terços a favor dessa reforma. Hoje houve 116 votos do lado pela continuação e 79 contra. Com 79 contra, teria que ter do outro lado 159. Isso, desde que tivesse havido uma convocação específica para isso, porque também o estatuto exige que tem que haver uma convocação específica. Infelizmente, o que eu posso dizer é que lamentavelmente termina na Justiça. Mais uma vez, infelizmente, termina na Justiça", enfatizou o presidente do Conselho de Beneméritos, Eurico Miranda.
SITUAÇÃO SE DEFENDE...
Não é uma reforma estatutária. É um problema de omissão no estatuto. O que existiu foi uma solução, da competência do Conselho, com o quórum que existia, para aprovar suprir o estatuto num caso omisso. Absolutamente tranquilo. Decidiu que ficam todos nos seus cargos até a posse dos novos eleitos
José Carlos Osório, presidente do Conselho Deliberativo do VascoO presidente do Conselho Deliberativo, José Carlos Osório, por sua vez, se defendeu e garantiu que não há nenhuma reforma estatutária. Segundo ele, a decisão está dentro de uma legalidade, já que a continuidade do mandato não está prevista no Estatuto, sendo então votada pelos conselheiros do clube.
"Não é uma reforma estatutária. É um problema de omissão no estatuto, porque é impossível prever um caso de vacância por não ter conseguido realizar as eleições nos prazos fixados. O que existiu foi uma solução, da competência do Conselho, com o quórum que existia, para aprovar suprir o estatuto num caso omisso. Absolutamente tranquilo. Decidiu que ficam todos nos seus cargos até a posse dos novos eleitos", argumentou Osório, acrescentando que não teme nenhum tipo de ação judicial impetrada pela Oposição.
"Eles podem ir à Justiça. Isso é direito de cada uma, mas nós estamos com um bom direito na mão e não temos nenhum tipo de medo, não. O que nós queremos é que o Vasco tenha um processo limpo, correto, como vai ser, e que ganhe o melhor. Só isso", encerrou o presidente do Conselho Deliberativo do Vasco.
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