Figura do dedo-duro assombra ambiente no Palmeiras desde o ano passado
Dedo-duro, fonte, informante, cagoeta. Não importa o nome. A figura é o pavor de qualquer diretoria e comissão técnica de clube de futebol. No Palmeiras isso é ainda pior. O vazamento constante de informação vem assombrando o clube há mais de um ano e não consegue ser combatido.
A cada dia, informações sobre contratações ou assuntos confidenciais surgem nos veículos de comunicação. O técnico Luiz Felipe Scolari vem demonstrando irritação e, em diversas vezes, anunciou a caça do dedo-duro até com estratégias.
“Muita notícias têm sido vazadas e isso faz com que a gente pegue o Huguinho, o Zezinho e o Pedrinho. Estamos começando a nos organizar e vamos ver as coisas melhores lá no Palmeiras para não ter confusão no dia a dia do clube. Fazendo isso sobra tempo para olhar o trabalho em campo”, disse.
O último episódio expõe claramente a irritação no próprio clube com o vazamento de informações. O Blog do Perrone divulgou a imagem de um bilhete que estava colado no vestiário pedindo cuidado com Gilto Avallone, conselheiro que receberia informações privilegiadas.
A situação vem sendo recorrente. Felipão já havia reclamado do vazamento de que o atacante argentino Alejandro Martinuccio estaria fechado com o Palmeiras. Em sua visão, a divulgação despertou o interesse de outros clubes e atrapalhou a negociação.
Após os incidentes, o diretor de futebol Roberto Frizzo admitiu que é preciso resguardar mais o que acontece no clube. “Precisamos nos fechar mais. Um time vencedor não se faz só com futebol em campo”, disse, em entrevista à rádio Jovem Pan.
Mas não é de hoje que o Palmeiras vem tendo problemas com os informantes. Em maio do ano passado, o técnico Antonio Carlos, que acabara de ser demitido, denunciou a existência de um dedo-duro e disse até que gostaria de dar uns ‘sopapos nele’.
A polêmica surgiu por causa do atraso de Robert e de outros jogadores no retorno ao hotel do time no Rio de Janeiro após um jogo contra o Vasco pelo Campeonato Brasileiro. O ato de indisciplina gerou uma reprimenda de Antônio Carlos. O centroavante se rebelou e discutiu com o treinador. Os dois teriam chegado a trocar socos e empurrões.
Já neste ano, o jornal Marca divulgou que um atleta da base estaria irritado com Marcos Assunção. Segundo o jovem, o volante fazia o papel do ‘leva e traz’ passando informações para Felipão.
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