Mano diz não estar preocupado com emprego e chama críticos de humoristas
Pressionado no comando da seleção, o técnico Mano Menezes afirmou não estar preocupado com riscos no cargo. Durante a entrevista coletiva nesta quinta-feira, após anunciar a lista de jogadores para o amistoso contra Gana, o treinador afirmou que a volta de Ronaldinho não pode ser interpretada como uma medida desesperada atrás de resultados.
Mano Menezes vem de insucesso na Copa América da Argentina e de derrota em amistoso contra a Alemanha, mas diz que, mesmo que eventualmente fora da seleção, tem mercado para mais uma década de trabalho.
"Preciso deixar uma questão bem clara. Não estou preocupado com o resultado imediato a qualquer custo, não estou preocupado com o meu emprego a qualquer custo. Tenho emprego garantido pros próximos dez anos com um bom salário. Estou fazendo isso com mais ou menos risco de acordo com aquilo que entendo que deva ser feito o trabalho. Estou pensando no Ronaldinho com um projeto final porque ele me mostrou nesse momento que é capaz de fazer isso novamente, que é capaz de liderar um grupo novamente, como está fazendo no Flamengo", disse.
O treinador ainda afirmou estar atento à fase de críticas a respeito do seu trabalho e indica estar marcando alguns nomes da mídia de quem entende sofrer comentários desrespeitosos.
"Não acho injusto as críticas que estão sendo feitas nesse momento. Tenho ouvido com atenção, aprendido bastante com elas. Algumas outras críticas a gente apaga, porque tem gente que é mais humorista do que jornalista esportivo", afirmou na coletiva no Rio de Janeiro.
Por fim, o técnico da seleção ainda rebateu a escolha de Gana como adversário, depois de uma série de resultados adversos diante de oponentes fortes do cenário internacional, como França, Holanda, Paraguai e Alemanha.
"Gana é o 15º do ranking da Fifa e o México é um adversário faz tempo que a gente não ganha. Não deve ser essa mamata toda", declarou, em menção também ao amistoso contra os mexicanos agendado para outubro.
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