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Mais de 40 anos depois, revista alemã revela doping na Copa de 66

Bobby Moore ergue a taça Jules Rimet após vitória sobre a Alemanha na Copa de 1966 - Arquivo/AFP
Bobby Moore ergue a taça Jules Rimet após vitória sobre a Alemanha na Copa de 1966 Imagem: Arquivo/AFP

Das agências internacionais

Em Berlim (Alemanha)

05/10/2011 16h31

Três jogadores da Alemanha Ocidental testaram positivos para o estimulante efedrina, durante a Copa da Inglaterra em 1966. Pelo menos é o que mostra uma carta publicada pela revista alemã “Der Spielgel”. Nela, o então presidente do comitê médico da FIFA, o iugoslavo Mihailo Andrejevic, informava ao presidente da Federação Alemã, Max Danz, sobre os resultados.

Na época, os exames antidoping não eram muito comuns sendo, a Copa de 1966, o primeiro evento no qual a FIFA realizou exames do tipo. Ao final daquele torneio, não foi relatado nenhum teste positivo, mas, na carta enviada meses após a final, Andrejevic informava sobre a presença de efedrina nos exames de três atletas.

A efedrina, que é uma substância descongestionante, pode ter sido ingerida na utilização de medicamentos no combate a gripe. No entanto, não é certo que os atletas tenham usado a substância com esse propósito. A droga, que melhora a disposição física, teve seu caso mais famoso de doping durante a Copa de 1994, quando, após exame realizado na partida contra a Nigéria, o argentino Maradona foi suspenso por 15 meses.

A final da Copa de 1966 foi disputada entre a Alemanha Ocidental e Inglaterra, com vitória inglesa por 4 a 2. Até hoje ela é considerada uma das mais polêmicas da história devido ao terceiro gol inglês, marcado pelo atacante Hurst, no qual a bola não teria passado inteiramente pela linha do gol alemão.