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Gratidão faz presidente do Palmeiras ignorar protestos e 'fritura' contra vice de futebol

Presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone posa ao lado do vice Roberto Frizzo (e) - Paula Almeida/UOL
Presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone posa ao lado do vice Roberto Frizzo (e) Imagem: Paula Almeida/UOL

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

18/01/2012 11h00

A situação do vice-presidente palmeirense Roberto Frizzo vai ficando cada vez mais insustentável. Alvo de uma petição pública assinada por mais de 26 mil pessoas que pedem a sua saída, o dirigente também nutre alta rejeição entre conselheiros e, como revelou o Blog do Perrone, ainda viu a já desgastada relação com o técnico Luiz Felipe Scolari ruir de vez. Apesar disso, o presidente Arnaldo Tirone continua bancando o seu braço direito como prova de “gratidão”.


O motivo para esse apoio ocorreu em 2010, mais especificamente antes das eleições que ocorreram em janeiro do ano seguinte. Apesar de, na época, contar com apoio político no clube, Frizzo abriu mão de sua candidatura para beneficiar Tirone e, em troca, ganharia a vice-presidência de futebol.

O acumulo de polêmicas, culminando com o rompimento com Felipão, pode fazer o mandatário alviverde repensar a sua posição. O cenário ficou complicado depois de o técnico das declarações no sábado, após a vitória por 1 a 0 no amistoso contra o Ajax, afirmando que as piadinhas do vice-presidente estavam afastando jogadores do Palestra Itália. O desgaste entre os dois, no entanto, já acontece há muito tempo, praticamente desde o início da gestão Tirone.

Como forma de acalmar o treinador, o presidente contratou César Sampaio para o cargo de gerência de futebol. Assim, o técnico pode conversar com um homem em quem confia na hora de fazer as indicações para a sua equipe, evitando contato com seu desafeto.

Frizzo também já foi criticado abertamente por Kleber. O ex-atacante do Palmeiras, negociado com o Grêmio, afirmou que o cartola não tinha caráter, nem palavra, e que não cumpriu as promessas feitas a ele de que seu futebol seria reconhecido. Tudo isso na época em que o Flamengo tentou tirar o Gladiador do Palestra Itália, oferecendo salários muito maiores.

Politicamente, Frizzo já não tem tanta força e, não à toa, tem sido alvo de muita “fritura” interna. Mesmo assim, o cartola não pode ser afastado da vice-presidência, já que o cargo é eletivo e o dirigente foi escolhido pelos conselheiros para ocupar esta cadeira. O máximo que a pressão pode resultar é no seu afastamento do futebol.

Dessa forma, mesmo com os rumores internos de que Frizzo poderia colocar seu cargo à disposição, fato que, por enquanto, ele descarta. Em relação aos protestos, o cartola afirma que está tranquilo pelo trabalho que faz e que aceita qualquer protesto desde que seja pacífico.