Companheiros dizem que possível aumento de salário para Montillo não ameaça união do elenco

Os jogadores do Cruzeiro, que deram demonstração de união com a carta aberta em que manifestaram ‘indignação’ por declaração do presidente Gilvan de Pinho Tavares sobre atraso de salários, garantem que um eventual aumento a ser concedido ao argentino Montillo para mantê-lo na Toca da Raposa II, não quebrará esse clima de harmonia.

Ao ser indagado por repórteres se haveria no elenco algum tipo de “ciúme” com a mobilização da diretoria para segurar Montillo, o que incluiria um reajuste salarial, Wellington Paulista reagiu enfaticamente. “Nossa Senhora, isso é brincadeira né? Sério mesmo? Isso é brincadeira, só pode ser brincadeira, não tem nada a ver, se o salário dele aumentar mesmo é porque ele fez por merecer, todo mundo ganha o salário o que merece”, ressaltou.

Amigo pessoal de Montillo, o zagueiro uruguaio Victorino também afirmou que ninguém tem ciúmes do companheiro no grupo. “Ninguém tem ciúmes de ninguém, não falei com companheiros sobre isso, não sabia. Aqui cada um recebe seu salário, eu tenho o meu salário, não fico olhando para o lado, eu tenho o meu salário, não se pode falar, não sei se inventam, dentro do grupo não aconteceu nada”, comentou.

Segundo Victorino, o grupo de jogadores está bem, está forte e junto. De acordo com o jogador uruguaio, o ambiente no clube é bom e estão todos com o mesmo objetivo de fazer uma boa temporada.

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O meia Montillo, que se reuniu com a diretoria celeste na semana passada, para tentar chegar a um acerto de aumento salarial que o satisfação, ainda espera uma nova reunião que deve acontecer nesta semana para selar o valor.
 
O jogador argentino aprovou o esforço do presidente Gilvan de Pinho Tavares em atendê-lo e mostrou-se confiante num ‘final feliz’ no Cruzeiro. Assediado por clubes paulista, principalmente pelo Corinthians que ofereceu altos valores salariais ao meia, o jogador frisou depois da reunião que está em conversa somente com o atual clube para reajustar o salário.

A situação financeira do Cruzeiro, como já reconheceu o presidente Gilvan Tavares, é difícil neste começo de ano e para quitar totalmente a folha de salários de dezembro, com atraso, na noite da última terça-feira, o clube teve de recorrer a um empréstimo bancário.