Inter põe advogados à disposição de Oscar, mas vai esperar para agir no caso

O meia Oscar ganhou mais um reforço na briga judicial contra o São Paulo. O Internacional colocou seu departamento jurídico à disposição do jogador. O clube gaúcho, no entanto, vai esperar uma notificação da Justiça do Trabalho para agir de forma oficial e, mesmo quando for comunicado da sentença, deverá se manter longe do epicentro da batalha.

Na prática, o estafe de Oscar pouco vai solicitar para os advogados do Inter. A medida é mais em um tom de se colocar ao lado, poder colaborar. E no Beira-Rio, a ideia é aguardar uma posição oficial do TRT-SP para então se posicionar.

“Em conjunto com os advogados do Oscar, o departamento jurídico do Inter vai examinar com toda a cautela quais as medidas que irá tomar nessa questão”, disse o vice de futebol do Inter, Luís Anápio Gomes.

Assim que o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo notificar o meia da sentença da última quarta, o tricolor do Morumbi deve entrar com uma ação de execução, pedindo o retorno do atleta. E aí, o Inter deve ser contatado pela CBF.

“O Oscar tem contrato até 2016, está registrado na CBF sem ressalvas. Caso a gente seja notificado, estamos trabalhando para saber o que fazer após isso”, disse o presidente do Inter, Giovanni Luigi.

Oscar foi personagem do jogo contra o Juan Aurich nesta quinta. Marcou o primeiro gol da vitória de 2 a 0, mas ficou longe dos microfones. Quem conversou no vestiário com o jovem jogador garante que o imbróglio nos tribunais não mudou seu ânimo.

“Não houve problema nenhum, o Oscar se manteve tranquilo e equilibrado. Não sei se teve vontade a mais, ele estava bem tranquilo. Não se envolveu muito, não mostrou nenhuma reação negativa diante do fato também”, afirmou o técnico Dorival Júnior, com quem Oscar conversou durante as horas que antecederam a partida da Libertadores.

Com contrato até 2016, Oscar tem rótulo de inegociável no Beira-Rio. O futuro do jogador, porém, está indefinido. No dia 17 de fevereiro ele será notificado da vitória do São Paulo, que reativa seu antigo contrato. O caso ainda cabe recurso e deve acabar no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília.