Construtora admite atraso nas obras da Arena Palestra e culpa burocracia e chuvas

A WTorre já não esperará mais a mudança da legislação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. A construtora que reforma a Arena Palestra manterá a todo vapor as reformas da nova casa do Palmeiras e ainda contará, a partir desta quinta-feira, com dois novos guindastes que ajudarão a colocar as estacas do estádio. O prazo, no entanto, não será mais o de abril de 2013.

“A situação continua a mesma. Esperamos a mudança da legislação para derrubar a parte que restou da arquibancada, mas se não acontecer, vamos continuar a obra. Nesta quinta, vamos receber duas novas máquinas. Infelizmente, por outros motivos, como chuva também, vamos ter que mudar a entrega para segundo semestre”, disse o diretor de novos negócios da empresa, Rogério Dezembro.

A ideia da WTorre era conseguir derrubar o setor que resta da arquibancada. A estrutura corresponde ao espaço que ficava abaixo do placar e atrás do gol da ferradura, oposto ao das piscinas. O trecho que está de pé não pode ser derrubada porque o alvará permite apenas a reforma. Logo, alguma parte do que estava construído precisa continuar ali. Para derrubar tudo, seria necessário o alvará de construção. 

Além disso, a construtora ainda quer aumentar a área de estacionamentos, mas precisa da autorização do aumento da área construída. Como não há legislação específica para estádios no Brasil, o teto da Arena, por exemplo, é considerado no total de área construída, apesar da construção, na prática, não ter uso prático.

A Arena Palestra não terá investimento do dinheiro público, mas também não estará nos eventos Fifa em 2013 e 2014, a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. O custo será de aproximadamente R$ 330 milhões.

Em outra novela que envolve a Arena, que tem advogados pedindo até 4% do orçamento por ser responsável pelo alvará de reforma, a WTorre ainda não foi notificada e não se pronunciará.