Presidente da federação paulista nega privilégios na nova gestão da CBF; "rebeldes" estão de olho
O presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo Del Nero, tem uma relação muito próxima do novo presidente da CBF, José Maria Marin. Marin é paulista, foi governador de São Paulo e presidente da FPF. Entretanto, Del Nero não espera que sua chegada ao poder melhore a relação da entidade máxima do futebol com o futebol paulista.
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A chegada de Marin na presidência não muda nada”, afirmou Del Nero, um dos vários presidentes de federação estaduais de futebol presentes nesta segunda-feira no primeiro compromisso oficial de Marin como novo presidente da CBF: anunciar a renúncia de Ricardo Teixeira.
Fiel escudeiro de Marin no evento, Marco Polo defendeu o novo presidente da CBF quando jornalistas pediram para que ele esclarecesse o episódio da medalha embolsada na final da Copa São Paulo de Juniors. Depois, Del Nero ainda destacou as promessas de igualdade de tratamento feitas por Marin na entrevista coletiva e disse que elas valem também para os clubes de São Paulo.
“O tratamento que Marin dará ao presidente de cada clube será igual. Não é porque ele foi ex-jogador do São Paulo que ele será um presidente melhor para o São Paulo”, disse Del Nero, lembrando das crises entre o clube do Morumbi e a CBF e o fato de Marin ter sido jogador do São Paulo Futebol Clube.
A promessa de igualdade, entretanto, é vista com desconfiança por outros presidentes não tão próximos a Marin como Del Nero. Apesar de todos declararem abertamente que vão apoiar o novo presidente da CBF, alguns já disseram que estarão atentos a possíveis privilégios.
O presidente da Federação Paranaense de Futebol, Hélio Pereira Cury, por exemplo, disse após deixar um longa reunião com Marin e outros presidentes estaduais que estará monitorando possíveis tratamento desiguais. “Daqui para frente, vamos ficar de olho aberto” disse ele. “Apoiamos o novo presidente e estaremos acompanhando seu mandato.”
Cury foi um dos sete presidentes de federações que assinou um pedido de uma assembleia extraordinária na CBF quando cresciam rumores de uma renúncia da Teixeira. Além dele, Antonio Carlos Nunes, da Federação Paraense de Futebol, solicitou a assembleia.
Nunes também esteve na reunião do Rio de Janeiro nesta segunda-feira e disse que, hoje, acredita e uma gestão sem privilégios. “O presidente Marin foi claro nas suas palavras”, afirmou. “Se ele cumprir com o que disse, nós vamos continuar apoiando.
Conforme determina o estatuto da CBF, Marin, que era vice-presidente da confederação, deve ficar na presidência da entidade até abril de 2015, quando serão julgadas as contas referentes a 2014. O novo presidente da CBF prometeu no seu primeiro discurso à frente da entidade máxima do futebol manter um diálogo aberto com todos os representantes estatuais do futebol. Também prometeu diálogo com todas as instâncias de governo.
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