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Gaviões nega emboscada e diz que "arsenal" apreendido é material de construção

Computadores e uma barra de ferro apreendidos na sede da organizada Gaviões da Fiel  - Bruno Thadeu/UOL Esporte
Computadores e uma barra de ferro apreendidos na sede da organizada Gaviões da Fiel Imagem: Bruno Thadeu/UOL Esporte

Bruno Thadeu

Do UOL, em São Paulo

27/03/2012 12h57

A Gaviões da Fiel negou, por meio de seu advogado, que o conflito do último domingo tenha sido uma emboscada da torcida à rival Mancha Alviverde. Além disso, a entidade também disse que as barras de ferro apreendidas em sua sede nesta terça são, na verdade, materiais de construção de uma obra que está acontecendo no local.

“Lá tinha martelo, serrote, barras, porque como vocês sabem está tendo uma reforma na Gaviões. Inclusive, um pedreiro foi detido por porte de drogas, mas ele não é da Gaviões”, disse Davi Gebara, advogado da torcida organizada.

A apreensão foi feita nesta terça e faz parte de uma operação da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), que está investigando a batalha campal do último domingo. Horas antes do clássico entre Corinthians e Palmeiras, cerca de 500 membros das organizadas Gaviões da Fiel e Mancha Alviverde se enfrentaram na avenida Inajar de Souza, na zona norte de São Paulo. 

Além das supostas armas, a polícia também recolheu computadores na sede da Gaviões da Fiel para averiguar a acusação da Mancha de que houve uma emboscada dos torcedores corintianos. Também nesta terça, a polícia prendeu Tiago Alves Lezo, irmão de André Alves Lezo, que morreu após ter sido baleado no conflito.

O torcedor é membro da Mancha e já havia se envolvido em um confronto do tipo no ano passado, quando feriu-se em um confronto entre as duas organizadas antes de um clássico em Presidente Prudente. Na tarde desta terça a diretoria da DHPP deve conceder uma entrevista coletiva para explicar as conclusões de suas investigações. 

HISTÓRICO DE CONFUSÕES ENTRE TORCIDAS DO CORINTHIANS E PALMEIRAS

BRIGA COM 500 TORCEDORES RESULTA NA MORTE DE TORCEDOR PALMEIRENSE

O torcedor do Palmeiras André Alves, de 21 anos, mais conhecido como "Lezo", morreu na noite deste domingo após uma briga com torcedores corintianos durante a manhã.

A polícia investiga se o encontro foi combinado na internet. A grande quantidade de objetos usados para o confronto é um indício de que a briga já estava agendada. Barras de ferro, fogos de artifícios e armas de fogos foram usadas na confusão. LEIA MAIS
HOSPITAL CONFIRMA MORTE CEREBRAL DE SEGUNDO TORCEDOR PALMEIRENSE

O torcedor palmeirense Guilherme Vinicius Jovanelli Moreira, internado desde domingo após um traumatismo craniano, teve morte encefálica nesta terça. A informação foi divulgada pelo hospital São Camilo, que disse que o jovem de 19 anos respira por aparelhos.

Guilherme, conhecido como Vinicius Zulu, estava envolvido na briga generalizada entre torcidas organizadas de Corinthians e Palmeiras no último domingo, horas antes do clássico. LEIA MAIS
PEDRAS NO ÔNIBUS DO PALMEIRAS E INÍCIO DE BRIGA GENRALIZADA

Um ônibus que levava torcedores do Palmeiras para duelo no interior foi atingido por pedras atiradas por corintianos, em frente à sede da torcida alvinegra Pavilhão 9. O episódio ocorreu no dia 5 de fevereiro. Os palmeirenses desceram do ônibus e iniciaram briga com corintianos. A PM impediu que houvesse briga generalizada. Foram detidos 15 torcedores. Não houve feridos com gravidade. A Justiça proibiu a presença da torcida Pavilhão 9 nos jogos do Corinthians. LEIA MAIS
TORCEDOR CORINTIANO MORRE APÓS PERSEGUIÇÃO DE PALMEIRENSES

Douglas Silva foi espancado e morto por dezenas de torcedores do Palmeiras em uma praça na Marginal Tietê, em agosto de 2011. Mesmo sem uniforme do Corinthians, Douglas foi reconhecido por uma pessoa, que avisou aos palmeirenses a preferência pelo Corinthians. Douglas estava com dois amigos e ainda tentou fugir, mas não resistiu aos ferimentos. O caso é investigado pela polícia LEIA MAIS
BALA DE FOGO EM VEZ DE BORRACHA EM CLÁSSICO EM PRESIDENTE PRUDENTE

A Polícia Militar demonstrou despreparo ao monitorar torcedores do Palmeiras em clássico contra o Corinthians, em Presidente Prudente, em agosto de 2011. Em vez de balas de borracha para dispersar a torcida, os PMs atiraram com armas calibre 12. Dois torcedores do Palmeiras foram baleados, sendo um deles Lucas Alves, irmão de André Alves, que morreu neste domingo em briga generalizada. Após o episódio no interior, a Mancha Alviverde foi proibida de ir a jogos. LEIA MAIS
PALMEIRENSES ARREMESSAM BARRA DE FERRO DO TOBOGÃ E ASSUSTAM PESSOAS

Torcedores do Palmeiras arremessaram uma barra de ferro do tobogã. O objeto caiu no estacionamento do estádio, mas não atingiu ninguém. A polícia militar foi acionada para acalmar os ânimos dos torcedores palmeirenses, que protestavam no Pacaembu após derrota diante do Corinthians, 1 a 0, em agosto de 2010, pelo Brasileirão. LEIA MAIS