Na chegada a São Januário, torcedores do Vasco exaltam Edmundo e perdoam falhas

A chegada de uma frente fria acompanhada de chuva no Rio de Janeiro não espantou o público para a despedida de Edmundo, contra o Barcelona de Guayaquil, às 19h30, em São Januário. Desde às 17h, os torcedores do Vasco já começavam a chegar ao estádio. Elogios, camisas com o número 10 às costas, cartazes, todas as homenagens para o ídolo.

Mas o principal para Edmundo deve ser o perdão dos torcedores após algumas falhas ocorridas na carreira. A principal envolve o desperdício de um pênalti na final do Mundial da Fifa, em 2000. Na ocasião, o Corinthians sagrou-se campeão. Inclusive, Edmundo espera marcar de pênalti na despedida para se redimir.

“Ele não precisa disso. Nos deu muito mais vitórias do que derrotas. O Edmundo é o segundo maior ídolo da história do nosso clube. Só perde para o Roberto Dinamite”, afirmou Carlos César, estudante, de 23 anos.

O pai do estudante, Rodolfo César, de 54 anos, também absolve Edmundo, e vai além nos elogios ao ex-jogador.

“Pênalti só perde quem bate. Ele nunca se escondeu e procurou levar o nome do Vasco da melhor maneira possível. Não é fácil carregar essa pressão. Mas o Edmundo nos tirou de uma fila incômoda de títulos e abriu as portas para a conquista da Copa Libertadores. Devemos muito mais a ele do que ele nos deve”, comentou.

São Januário estará lotado para a festa. Antes, durante e após o jogo, Edmundo receberá uma série homenagens. Do lado externo, ambulantes comercializam diversos produtos com o rosto de ídolo. A camisa, ao preço de R$ 15, é a peça mais vendida.