Werder não recebe 1ª parcela por Wesley, e Palmeiras culpa organizador da "vaquinha"

O Werder Bremen ainda não recebeu a primeira parcela do pagamento dos 6 milhões de euros correspondentes aos direitos econômicos de Wesley. De acordo com a versão palmeirense, a responsabilidade de pagamento é do MOP (Meu próprio jogador, da sigla inglês), que arranjou um parceiro que viabilizaria a contratação e a campanha que acabou em água.

Em contato com o UOL Esporte, o diretor jurídico do Palmeiras, Piraci de Oliveira, explicou que o clube só precisará repassar a verba recebida da TokSai Sports em uma data no futuro.

“O nosso parceiro já nos pagou, a verba está no nosso caixa e está tudo certo. Não é a gente que vai pagar o Werder Bremen. A responsabilidade é do parceiro do MOP, que viabilizou tudo isso e a campanha também. Eles que tinham que pagar ao time alemão no dia 30 de março. A gente precisa pagar o MOP lá para frente, em uma data que está bem longe de chegar”, afirmou Piraci.

O vice-presidente de finanças, Walter Munhoz, afirma apenas que o assunto é interno e não vazará para a imprensa. Roberto Frizzo, vice-presidente de futebol, também não quis dar detalhes e apenas afirmou que tudo continuará do jeito que foi combinado mesmo com a lesão que tirará o atleta por oito meses do gramado.

“A gente continua do mesmo jeito que estávamos antes. A parceria continua igual. É que nem casamento. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Deixa o atleta se recuperar e a gente pensa em algo nesse sentido (aumentar o tempo de contrato)”, disse Frizzo.

Wesley chegou ao Palmeiras com o custo aproximado de R$ 19 milhões, segundo a diretoria, que pediu a ajuda do torcedor para arrecadar R$ 21 milhões, já que o site que fez a “vaquinha” receberia R$ 2 milhões de comissões. O valor inclui o preço pago ao Werder Bremen e todos os impostos e taxas da transação.

O MOP foi procurado durante toda a terça-feira por meio de sua assessoria de imprensa, mas não respondeu às tentativas da reportagem.