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Muamba relata sensação ao sofrer parada cardíaca e quer voltar a jogar em breve

Muamba, do Bolton, se recupera após parada cardíaca. Ele quer voltar a atuar em breve - Divulgação
Muamba, do Bolton, se recupera após parada cardíaca. Ele quer voltar a atuar em breve Imagem: Divulgação

Das agências internacionais

Em Londres (Inglaterra)

21/04/2012 21h47

Fabrice Muamba a cada dia prova seu poder de superação após sofrer uma parada cardíaca em campo e ficar 78 minutos com o coração parado. O jogador do Bolton-ING já tem planos ousados. Disse que se sente mais ‘apto que nunca’ e espera voltar a jogar futebol.

“Seria ótimo jogar futebol novamente e espero que isso vá acontecer", disse ao jornal inglês The Sun, em sua primeira entrevista desde o incidente. "Mas é ainda melhor apenas viver a vida e amar minha família. Eu sou um homem de sorte”, completou.

Na última segunda-feira, Muamba deixou o hospital um mês após o incidente, mas os médicos ainda estão intrigados com sua parada cardíaca. "Eu fiz muitos exames, mas ainda não está claro o que causou o meu colapso, e talvez nunca saberemos", acrescentou.

"Agora tenho que apreciar cada momento da vida que Deus me deu como um presente maravilhoso."

Muamba havia participado normalmente dos treinamentos durante toda a semana antes do seu colapso e disse que se sentia bem para a partida contra o Tottenham. Ele lembra com detalhes o momento do ataque e conta o que sentiu.

"Corri para tentar chegar a um cruzamento de Martin Petrov na nossa ala esquerda, e quando eu corri de volta para o meio-campo eu me senti  tonto. Não foi uma tontura normal , era uma espécie de sentimento surreal como se eu estivesse correndo dentro do corpo de outra pessoa. É difícil de explicar. Então eu dei uma outra explosão em frente e notei novamente. Minha visão começou a escurecer. Eu não tinha dor alguma."

De acordo com o jornal, Muamba ficou praticamente morto por 78 minutos, sendo 48 minutos no caminho até o hospital e os outros 30 já no hospital. Durante todo o período, os médicos deram 15 choques desfibriladores. Apenas no campo, foram dois.