Inter refaz planos e admite desistir de atacante após perder Nilmar para o Qatar

A reviravolta do negócio por Nilmar pegou o Internacional de jeito. Deixou os dirigentes sem ar, transformou em pó o plano de reforçar o ataque. Tanto que o clube já admite: é muito difícil que venha a contratar um outro jogador para ser colega de Dagoberto, Forlán e Damião.

“Dificilmente vamos atrás de alguém”, disse o vice-presidente de futebol do Inter Luciano Davi. Era ele quem mantinha contato diário com o empresário Orlando da Hora. Foi por ele, também, que o Colorado entrou em rota de colisão pública com o agente na quinta à noite.

Para o Inter, aliás, a ida de Nilmar para o Qatar não é oficial ainda. Os dirigentes sustentam a versão de que não tiveram mais contato com nenhum integrante do estafe do atacante desde o mal-entendido de da Hora nas rádios de Porto Alegre.

“Não falo com ninguém do Nilmar desde quinta. Não é oficial a ida dele para o Qatar, pois ninguém nos informou. Ficamos sabendo pela imprensa. E pelo o que soubemos, a proposta é realmente muito boa. Bem superior ao que o Internacional tinha colocado”, comentou Davi.

Aos 28 anos, Nilmar assinará um contrato de quatro temporadas com o Al Rayyan. No sábado, ele avisou familiares do acerto e definiu a data do embarque para o Oriente. Em Porto Alegre, o Internacional ainda aguardava uma resposta dos advogados do jogador sobre a minuta de contrato que envolvia salários sem dedução de impostos.

Sem Nilmar, o Internacional deverá fazer uma força extra para segurar Leandro Damião. O esforço pode se tornar hercúleo, ou até insuficiente, dependendo do rendimento do centroavante nos Jogos Olímpicos de Londres.

Além de Damião, o elenco vermelho conta com Forlán, Dagoberto, Marcos Aurélio. Maurides e Mike, oriundos das categorias de base, ganharam oportunidades recentemente e devem ficar no grupo de uma vez por todas.