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Comandante da PM pede ingresso "caro e elitizado" para conter violência de torcidas em Curitiba

Rafael Moro Martins

Do UOL, em Curitiba

19/09/2012 18h18

O comandante do policiamento da capital da PM do Paraná, coronel Adhemar Cunha Sobrinho, defendeu nesta quinta-feira (19) o aumento do preço dos ingressos como forma de “elitizar” o público da partida entre Atlético-PR x Ceará, pela 26.ª rodada da série B do Campeonato Brasileiro, marcada para o próximo sábado (22), e dessa forma evitar confrontos entre torcidas organizadas dos dois clubes.

A PM teme episódios de violência no sábado, uma vez que uma das organizadas do clube cearense, a “Cearamor”, se considera co-irmã da “Império Alviverde”, principal torcida do Coritiba, arquirrival do Atlético-PR.

Já tivemos problemas no jogo (do Ceará) contra o Paraná Clube (em 28 de julho, pela 13.ª rodada do primeiro turno da série B). Talvez com a redução (da carga) de ingressos, ou o aumento do preço do ingresso, se consiga elitizar, naquele momento, quem vai assistir o jogo”, disse o oficial, à rádio CBN.

O UOL procurou o comandante da PM, para esclarecer a declaração, mas foi informado pela assessoria de imprensa de que viajou ao litoral do estado, a trabalho, e não atenderia ao telefone celular.

Ingressos 40% mais caros

Após reunião com a PM, a assessoria de imprensa do Atlético-PR informou que, a partir da partida contra o Ceará, os ingressos para a torcida visitante passam a custar R$ 100, em vez de R$ 60. A assessoria de imprensa, porém, disse que a majoração já fora decidida antes do pedido da PM.

Para este jogo, não haverá ingressos à venda em Curitiba. A diretoria do Ceará poderá solicitar uma carga máxima de 700 entradas para vender a seus torcedores em Fortaleza.

Do lado do Atlético-PR, apenas sócios poderão assistir ao jogo, como já se tornou usual desde a 22.ª rodada, contra o Boa, quando a equipe passou a mandar seus jogos no pequeno Estádio Janguito Malucelli, em Curitiba.

O estádio 8.660 lugares, quase todos em arquibancadas tubulares, provisórias, insuficientes para os mais de 15 mil sócios que o Atlético-PR afirma possuir. Por isso, a diretoria decidiu não mais vender entradas para os jogos que a equipe fará em casa.