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Rafael cita conversa com Ganso no quarto e utiliza discurso político para falar da 'novela'

Amigos, Ganso e Rafael mostram curativos após cortes no supercílio em jogo do Santos  - Fábio Maradei/Santos F.C
Amigos, Ganso e Rafael mostram curativos após cortes no supercílio em jogo do Santos Imagem: Fábio Maradei/Santos F.C

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

19/09/2012 14h00

O goleiro Rafael aguarda pelo fim da “novela” envolvendo o meia Paulo Henrique Ganso e torce para que o camisa 10 permaneça na Vila Belmiro. Amigos desde as categorias de base do clube, Rafael revelou que teve uma conversa com Ganso no quarto do Hotel Recantos dos Alvinegros, no CT Rei Pelé, mas preferiu se esquivar em relação ao futuro do meia.

O goleiro, inclusive, utilizou um discurso político para falar sobre a possível transferência de Ganso ao São Paulo, clube que fez quatro propostas oficiais para contratar o atleta.

“Torcemos para se encerrar, para nós é melhor que o Ganso fique, mas tem que ser o melhor para todos. O Santos merece, investiu sempre no jogador desde a base, o Ganso também sempre ajudou, jogou no sacrifício”, disse Rafael, que não quis entrar em detalhes sobre a conversa com Ganso.

“Eu conversei com ele sim, esses dias. Ele veio aí, foi lá no meu quarto. Conversei mais como ele estava, se recuperando, da filha dele. Tudo que sei é através de vocês (imprensa). E ele também não sabe muita coisa porque foge dele também”, explicou.

Santos e São Paulo já se acertaram sobre a transferência de Ganso para o time do Morumbi. Porém, uma dívida antiga entre o time alvinegro e a DIS é o principal entrave para que o negócio seja sacramentado. Além de receber os R$ 23,9 milhões pelos 45% dos direitos econômicos do meia, o time alvinegro também exige que o grupo de investidores abra mão de R$ 6 milhões, fato que faria o negócio total pelo camisa 10 chegar a R$ 29,8 milhões.

O Santos tenta abater metade de uma dívida de R$ 8 milhões que tem com o grupo de investidores. O débito ocorreu por conta de negociações anteriores, como as de Wesley para o Werder Bremen e André para o Dinamo de Kiev, ambas em 2010. Esta postura da diretoria santista, neste momento derradeiro da negociação, é vista como uma “chantagem” para liberar o meia para um time rival.