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Muricy reprova atitude de Rogério Ceni em polêmica com Ney Franco: "tem hierarquia"

Muricy Ramalho, técnico do Santos, não se intimidou em desaprovar a atitude de Ceni - Leandro Moraes/UOL
Muricy Ramalho, técnico do Santos, não se intimidou em desaprovar a atitude de Ceni Imagem: Leandro Moraes/UOL

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

26/10/2012 17h00

O técnico Muricy Ramalho trabalhou com Rogério Ceni no São Paulo, onde foram tricampeões brasileiros – em 2006, 2007 e 2008. Por conhecer muito bem o capitão são-paulino, o treinador não se intimidou de opinar sobre a polêmica envolvendo o goleiro e o treinador do tricolor paulista, Ney Franco.

“Também não gosto, não. Nem antes, durante e depois dos jogos. Existe diálogo até certo ponto, porque tem hierarquia. O treinador pode ouvir o jogador, mas ele está lá para escalar. Nunca aconteceu comigo, mas se ocorrer, com certeza a resposta vem forte”, afirmou Muricy.

Na última quarta-feira, durante o segundo tempo do empate por 0 a 0 com a LDU de Loja, Rogério praticamente implorou pela entrada de Cícero, pois queria um homem de referência na área, mas Ney Franco optou por colocar Willian José em campo, fato que deixou o goleiro desesperado.

Após o duelo, o técnico reprovou a atitude de seu capitão e gerou um mal-estar no ambiente são-paulino. “Não aprovo, acho que é cada um na sua, cada um fazendo sua função. Se eu achasse que o Cícero tivesse que entrar, eu colocaria, então eu não aprovo”, explicou um irritado Ney Franco logo após o jogo.

Além do caso envolvendo Ceni e Ney Franco, o técnico Muricy Ramalho foi indagado sobre a postura do meia Paulo Henrique Ganso, que se recusou a ser substituído na final do Campeonato Paulista de 2010. Na ocasião, o Santos era comandado por Dorival Júnior, que ficou sem reação e desistiu da substituição. Muricy fez questão de dizer que o time jogaria com 12 caso fosse ele o treinador na época.

“Eu iria jogar com 12, porque o meu (jogador) vai entrar. Ninguém gosta de sair, mas o técnico tem o direito de mudar as coisas. É hierarquia, meu filho. Na hora de fechar a conta, o treinador é o primeiro a ser mandado embora. Jogador joga e o técnico escala”, disparou.

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