Cartolas corintianos protagonizam gafes e discursos inusitados ao apresentar patrocínio

Satisfeita com a nova fonte de renda, a diretoria do Corinthians protagonizou algumas gafes e cenas bizarras durante a apresentação do novo contrato de patrocínio do clube com a Caixa Econômica Federal. Mas, ao mesmo tempo, evitaram comentar o rebaixamento do Palmeiras.

A deslizada ficou por conta do vice-presidente Luis Paulo Rosenberg quando foi perguntado por uma repórter chinesa sobre a inclusão do seu compatriota Zizao no time corintiano.

Ao explicar a contratação para gerar impacto de marketing, ele explicou que o departamento de futebol teve que fazer muito esforço para encontrar um bom jogador em "uma nação de pernas de pau". O país de "pernas de pau" era a China, local de nascimento da jornalista e também de Zizao que estava na entrevista coletiva atrás do painel.

MAIS SOBRE O PATROCÍNIO CORINTIANO

	Participação no Mundial pesou para Caixa fechar o patrocínio  com o time do Corinthians
Corinthians confirma que receberá R$ 30 milhões/ano da Caixa e R$ 1 mi em 2012
	Corinthians espera 40 mil torcedores no Japão, com metade da Ásia, e usará imagem de Senna

Em seguida, comparou a contratação a de Ronaldo sob o ponto de vista de marketing porque ambos se tornaram queridos pela torcida. "O bônus que São Jorge nos deu foi a paixão de São Jorge pelo Gordo [Ronaldo]", completou ele, em referência a Ronaldo.

Mais bizarras foram as palavras de Mário Gobbi em determinados trechos da entrevista. De início, só exaltou o Corinthians ao dizer que era o único clube que mudava a grade da Globo e que tinha mais de 30 milhões de torcedores.

Mas, depois, apelou a uma comparação estranha para falar sobre o erro da diretoria de fechar contrato de patrocínio com a empresa "Apito Promocional". Prometeu cobrar R$ 800 mil da empresa, mas reclamou daqueles que o criticaram pela falha dizendo que um tiro faz menos mal do que essas críticas.

"O revólver atirou, machucou, passa em cinco minutos. A língua é perpétua. No Corinthians, você erra para sempre para os críticos", analisou.

Em seguida, começou a declamar a música de Raul Seixas: "Caubói fora da lei". "Eu não sou besta para tirar onda de herói/Sou vacinado, sou caubói. Caubói fora da lei."

Pelo menos duas vezes, Gobbi também passou a virar garoto propaganda da Caixa. Dizia aos repórteres: "Vem para o Corinthians você também" ao final de uma resposta, repetindo bordão da propaganda do banco federal e fazendo um gesto com as mãos.

Os dois dirigentes se negaram a falar sobre o rebaixamento do Palmeiras para a Segundona. "Não falo sobre outros clubes", rechaçou Gobbi. "Lembro como foi dolorido", justificou-se Rosemberg ao lembrar a queda corintiana para a Série B.