Muricy vê redução da folha salarial no Santos prejudicar em campo e teme 'time de semestre'
O técnico Muricy Ramalho não aprovou a atitude da diretoria do Santos em enxugar a folha salarial do elenco em meio à temporada 2012. Para o treinador, a equipe santista sentiu a “economia” dentro de campo, já que perdeu atletas importantes durante a disputa da Copa Libertadores da América e Campeonato Brasileiro.
Elano, Ibson e Borges foram negociados exatamente por causa de salários exorbitantes. Com a saída do trio, o Santos economizou cerca de R$ 1 milhão. Somente o ex-camisa 8 da Vila, que se transferiu para o Grêmio, recebia R$ 500 mil mensais.
Alan Kardec e Paulo Henrique Ganso recebiam menos que os três atletas negociados, mas o clube ainda economizou pouco mais de R$ 400 mil com a saída da dupla.
“Bom, esse ano nós diminuímos demais a folha, pois tivemos que abrir mão de alguns jogadores que ganhavam bastante, mas a gente sentiu muito, brigou lá em baixo. Aí é uma coisa do clube. Eu sei da realidade do futebol brasileiro”, afirmou Muricy Ramalho.
O treinador espera que a diretoria santista contrate um número considerável de reforços para suprir a carência do elenco no segundo semestre deste ano.
“A gente teve nesses últimos dois anos a experiência de que a gente não pode ter um time só e um time de semestre, mas para o ano todo. Agora a gente tem que fazer um time para outra vez ficar três anos conquistando”, argumentou.
Até o momento, o Santos só contratou apenas um reforço – o zagueiro Neto, 26 anos, ex-Guarani. O treinador acredita que o clube não terá condições de contratar jogador de expressão no futebol. Montillo, do Cruzeiro, Robinho, do Milan-ITA, e Kleber, do Grêmio, estão na mira da diretoria, mas a falta de recursos financeiros emperrou a negociação.
“Não posso pedir jogadores impossíveis. Sei que não posso pedir Kaká porque não vem, é loucura. Estou pedindo os jogadores possíveis. Às vezes a gente pode fazer um bom time com pouco dinheiro”, concluiu.
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