Minas tem campeão em 15 jogos e oferece começo de temporada mais suave do país
O universo dos campeonatos estaduais oferece interpretações variadas sobre o começo de temporada de grandes clubes do país. Uma delas reside sobre a manutenção da fórmula do Mineiro, que, pelo terceiro ano seguido, permite que a dupla Atlético e Cruzeiro tenha calma para construir a base de suas temporadas.
Sem atropelamento de datas, os grandes de Minas Gerais têm diante de si um caminho de apenas 15 partidas até a taça local. O número é inferior em comparação a campeonatos de estados importantes, que também possuem representantes na Série A do Brasileiro [tabela abaixo].
ESTADUAIS PELO PAÍS (torneios com times que jogam a Série A)
BAHIA: 10 JOGOS PARA SER CAMPEÃO (mínimo) 18 JOGOS PARA SER CAMPEÃO (máximo) | MINAS GERAIS: 15 JOGOS PARA SER CAMPEÃO | PERNAMBUCO: 15 JOGOS PARA SER CAMPEÃO (mínimo) 23 JOGOS PARA SER CAMPEÃO (máximo) |
RIO DE JANEIRO: 19 JOGOS PARA SER CAMPEÃO (mínimo) 21 JOGOS PARA SER CAMPEÃO (máximo) | RIO GRANDE DO SUL: 19 JOGOS PARA SER CAMPEÃO (mínimo) 21 JOGOS PARA SER CAMPEÃO (máximo) | GOIÁS: 22 JOGOS PARA SER CAMPEÃO |
SANTA CATARINA: 22 JOGOS PARA SER CAMPEÃO | SÃO PAULO: 23 JOGOS PARA SER CAMPEÃO | PARANÁ: 22 JOGOS PARA SER CAMPEÃO (mínimo) 24 JOGOS PARA SER CAMPEÃO (máximo) |
No campeonato que marca o reencontro dos times do Estado com o Mineirão, remodelado para a Copa de 2014, os 12 times participantes enfrentam um total de 11 partidas em uma primeira fase das mais enxutas do país. Em seguida a taça é decidida por quatro finalistas em semifinais e final. A tabela prevê a maioria das rodadas para sábados e domingos, com meios de semana livres.
Para manter a fórmula, apresentada pelo diretor de futebol atleticano Eduardo Maluf, os três clubes de Belo Horizonte contaram com apoio de alguns times do interior. Eles bateram por sete votos a cinco, na reunião do Conselho Arbitral realizada em novembro passado, na sede da Federação Mineira de Futebol, a proposta apresentada pelo Nacional. O pensamento do grupo perdedor era reabilitar o antigo regulamento: classificação de oito equipes e disputa da fase de quartas de final, o que significaria a necessidade de mais datas.
Por ter um calendário mais conciso, o Mineiro oferece a seus participantes uma pré-temporada estendida. A partida de estreia acontece somente em 2 de fevereiro, enquanto que Atlético e Cruzeiro reabrem o Mineirão no dia seguinte. Paulistas e cariocas encaram a largada de seus estaduais em 19 de janeiro, duas semanas antes.
O Mineiro em formato enxuto ajuda o Atlético em sua volta à Libertadores. Vice-campeão brasileiro, o time de Cuca estreia na competição sul-americana em 13 de fevereiro. Já o Cruzeiro encara a Copa do Brasil somente a partir de abril.
TRAJETÓRIA ESTENDIDA NO RESTO DO PAÍS
Em São Paulo, o campeão realizará 23 partidas, oito a mais que o dono do título em Minas. Por sua vez, os vencedores dos estaduais de Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul podem alcançar o máximo de 21 jogos.
A Copa do Nordeste congestiona o calendário da região neste primeiro semestre. Os grandes locais entram na disputa doméstica apenas ao final do duelo com times de outros estados.
Bahia e Vitória, por exemplo, ingressam no Estadual apenas a partir da segunda fase e precisarão de apenas dez partidas para ser campeões. Antes, na Copa do Nordeste, podem chegar a realizar mais 12 jogos [no mínimo jogarão em seis oportunidades neste certame].
Em situação semelhante, os rivais Sport e Santa Cruz podem acumular 25 partidas entre Copa do Nordeste e Campeonato Pernambucano, caso cheguem às finais.
No Sul, o Paraná apresenta a possibilidade de estadual mais extenso entre os principais do país. Times como Atlético-PR e Coritiba provavelmente terão que jogar 24 vezes para ser campeão. Isso se a mesma equipe não vencer os dois turnos e evitar a decisão em duas partidas, antecipando o título [neste caso seriam 22 jogos].
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