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Nobre faz balanço no Palmeiras e diz: "Estamos vendendo o almoço para pagar o jantar"

Paulo Nobre foi eleito presidente do Palmeiras na segunda-feira passada - Rogério Cassimiro/UOL
Paulo Nobre foi eleito presidente do Palmeiras na segunda-feira passada Imagem: Rogério Cassimiro/UOL

Do UOL, em São Paulo

29/01/2013 16h34

Após completar a primeira semana de trabalho como presidente do Palmeiras, Paulo Nobre fez um balanço do clube, e destacou a dificuldade financeira encontrada. O mandatário disse que vai agir na tentativa de renegociar dívidas, mas pediu para que os torcedores não contem com “milagres” econômicos.

“Ainda não pude ir aos bancos para renegociar dívidas, alongar o prazo dos pagamentos. Esse pente fino, para saber quais são as dívidas de curto prazo, que temos que pagar já, está sendo feito. A verdade é que estamos vendendo almoço para pagar o jantar, essa é a real situação”, destacou o presidente palmeirense, em entrevista ao Sportv.

“Se vocês entendem que sanear é acabar com todas as dívidas, isso só um milagre. Pode acontecer de vender dois jogadores por quantias astronômicas, mas não podemos contar com o ovo na barriga da galinha”, complementou.

O presidente do Palmeiras prega o profissionalismo no clube. Por conta disso, criou o cargo de diretor executivo e contratou José Carlos Brunoro para a função.

“A nova gestão é uma quebra de paradigmas. Já temos o departamento de futebol profissional, agora temos que profissionalizar o outro lado do balcão. O diretor-estatutário continua existindo. Ele será os olhos do presidente e vai fiscalizar o profissional contratado, e  não pode haver disputa entre eles, têm que trabalhar juntos”, destacou.

Nobre ainda colocou o marketing como fator fundamental na busca por receitas do clube. Em sua visão foi a falta de trabalho já executado pelo setor que impediu a vinda do argentino Riquelme.

“Se você tem cotas vendidas no marketing para trazer, tudo bem, mas não trazê-lo e depois ver como pagar não é a nossa política. Imaginar que fazer relógio, boné e camisa camiseta com o nome ‘Riquelme’ com 50% para o jogador e os 50% do Palmeiras usados para bancar o salário dele seria uma grande irresponsabilidade", apontou.

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