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Entre títulos e gafes, Juvenal Juvêncio faz aniversário com comemoração discreta no São Paulo

Presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio discursa durante evento  - Fernando Donasci/UOL Esporte
Presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio discursa durante evento Imagem: Fernando Donasci/UOL Esporte

Mauricio Duarte

Do UOL, em São Paulo

25/02/2013 06h00

Nesta segunda-feira, Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, faz aniversário. Apesar da data festiva, a diretoria do clube do Morumbi não planejou nenhum evento ou homenagem para o mandatário. Apenas os amigos mais próximos, que convivem com ele no dia a dia, devem passar para lhe dar os parabéns. 
 
De acordo com o vice-presidente de futebol do clube, João Paulo de Jesus Lopes, o presidente não é muito chegado a comemorações exaltadas. “Não tenho nenhuma informação a esse respeito . Sei que é aniversário dele. Não tem nada marcado de festa ou homenagem. Até porque esse não é o perfil dele”, afirmou ao UOL Esporte.
O presidente não gosta de falar sobre sua idade. Alguns membros da diretoria, muito chegados ao mandatário, sustentam que ele faz 79 anos hoje. Portanto, teria nascido no ano de 1934. Outros, acreditam que ele nasceu em 1932, e que estaria completando 81 anos. “Ele faz 79. Já vi documento dele. Fui casado com a filha dele. Ele tem 79, a não ser que ele seja gato e eu não sei”, brinca Marco Aurélio Cunha, vereador e ex-dirigente do clube.
 
À frente do São Paulo desde 2006, a trajetória de Juvenal no clube é recheada de vitórias e polêmicas. Sob sua administração, a equipe conquistou o Campeonato Brasileiro por três anos consecutivos (2006-07-08), e também a Copa Sul-Americana de 2012. O presidente também teve atuação importante quando ainda era diretor de futebol em 2005, ano em que o time venceu a Libertadores e o Mundial Interclubes.
 
Os anos mais difíceis de Juvenal no São Paulo foram entre o tri-Brasileiro e a conquista da Sul-Americana de 2012. A falta de títulos incomodava os torcedores. Troca de técnicos e apostas em jogadores que não vingaram geraram questionamentos sobre a antes considerada irrepreensível administração tricolor. O título internacional do ano passado recuperou em parte seu prestígio.
 
Se por um lado obteve bastante sucesso em campo, por outro Juvenal também polemizou muito fora dele. A sua principal briga pública foi com Andrés Sanchez, quando este ainda era presidente do Corinthians. O são-paulino não gostou quando o Itaquerão foi anunciado pela Fifa como estádio de abertura da Copa do Mundo de 2014. Começou, então, uma troca de farpas públicas entre os dois. Juvenal chegou a dizer que o desafeto tinha o “mobral inconcluso”, devido ao seu baixo nível de escolaridade.
 
A maior gafe de Juvenal, no entanto, foi ter “matado” Ricardo Teixeira. Em uma entrevista à rádio Estadão/ESPN em 2012, ele se confundiu ao falar do ex-presidente da CBF. “Ele acabou chegando [à CBF] pelo sogro [o ex-presidente da Fifa, João Havelange]. Tem gente que diz até que ele foi bom, trouxe a Copa etc. Mas eu acho que o Ricardo não é um homem do futebol. A partir daí, eu entendo que ele se foi. Não é agora que a gente vai falar dele porque ele se foi. A nossas posições eram [diferentes ] quando ele era vivo, mas ele se foi”, disse à época.
 
O mandato de Juvenal Juvêncio como presidente do São Paulo acaba em abril de 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil.