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Muricy desdenha sobre ameaça de demissão e reconhece fase ruim no Santos: "tenho mercado"

Muricy Ramalho também explicou o motivo de não utilizar o lateral Emerson Palmieri - Leandro Moraes/UOL
Muricy Ramalho também explicou o motivo de não utilizar o lateral Emerson Palmieri Imagem: Leandro Moraes/UOL

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

01/03/2013 17h47

O técnico Muricy Ramalho ignorou a pressão que existe na Vila Belmiro em relação a uma possível demissão. Conselheiros, torcedores e até integrantes do Comitê Gestor do Santos estão insatisfeitos e pedem a saída do treinador. O comandante citou sua experiência no futebol para destacar que não está temeroso em deixar o cargo e, inclusive, ressaltou que tem “bom mercado no futebol” caso seja demitido. 

Além disso, Muricy ainda reconheceu que as criticas são válidas, já que o Santos não consegue apresentar um bom futebol nesta temporada. 

“Quando eu comecei a minha carreira me preocupava, hoje não dá mais para me preocupar. Não estamos jogando bem, então não merecemos ser elogiados. O time foi bem contra o São Paulo, mas no mais não merecemos criticas melhor. Pressão tinha no início da carreira, agora, graças a Deus, tenho bom mercado”, afirmou Muricy.

Alguns dirigentes santistas alegam internamente que o treinador é mais paciente com os atletas que chegam de fora e não são revelados pelo clube. A sequência de Patito Rodrigues como titular no ano passado, e a mesma postura adotada com Guilherme Santos nesta temporada, são os exemplos mais citados no clube.

O lateral esquerdo, que pertence ao Atlético-MG, foi titular por oito jogos seguidos, enquanto o jovem Emerson Palmieri, um dos destaques do Santos na conquista da Copa São Paulo de Futebol Júnior deste ano, não foi testado em nenhuma partida.

“Com relação ao Emerson teve uma sequência boa ano passado, mas teve várias contusões. Ele teve sequência, sim. As outras vezes que tentamos colocá-lo, ele teve contusões. No momento certo vamos colocá-lo”, justificou.

As criticas de Muricy em relação aos jogadores revelados nas categorias de base do clube também são vistas como exageradas pela direção. Em 2012, Felipe Anderson e Victor Andrade foram os principais alvos, sendo chamados de “eterna promessa e projeto de jogador” pelo comandante santista.

A maioria dos integrantes do Comitê Gestor já cedeu à pressão dos conselheiros e veem Muricy como um técnico que só coloca o time para jogar nos contra-ataques. Além disso, os dirigentes acreditam que o treinador continua dependendo excessivamente de Neymar, mesmo com a chegada de reforços em 2013.