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Segundo torcedor participou de disparo de sinalizador, diz advogado ao "Fantástico"

 Os torcedores brasileiros presos na Bolívia pela morte do adolescente boliviano - EFE/STRINGER
Os torcedores brasileiros presos na Bolívia pela morte do adolescente boliviano Imagem: EFE/STRINGER

Do UOL, em São Paulo

10/03/2013 22h01

Ao programa "Fantástico", o advogado da Gaviôes da Fiel, Ricardo Cabral, admitiu que outro torcedor da agremiação, mesmo de forma involuntária, participou do disparo do sinalizador que matou o adolescente boliviano Kevin Espada, 14. Ou seja, teria ajudado o menor apresentado como supostadamente culpado por soltar o rojão. Esse outro torcedor é Cristiano Rocha de Miranda, o Magrão, que deu a mochila com o instrumento para o menor e também está no Brasil.

Essa declaração do advogado foi feita após o programa apresentar opiniões de peritos criminais que apontaram a existência de um segundo torcedor que teria auxiliado o menor a soltar o sinalizador. Até agora, o menor alegava que agira sozinho.

Kevin Espada morreu durante jogo entre Corinthians e Sa José, em Oruro, pela Libertadores, ao ser atingido no olho por um sinalizador arremessado da torcida corintiana.

Ao analisar imagens, com destaque para a imagem de quem soltou o sinalizador, o perito criminal Nelson Massini afirmou ter certeza de que o menor foi o autor do dispardo do instrumento. "O rosto dele é fácil de identificar. Ele tem orelhas de abano", disse.

Em seguida, ele ressaltou um quadro que mostra que supostamente o menor retira o sinalizador da mochila dada por outro torcedor. Segundo o perito, nenhum dos 12 torcedores presos na Bolívia é identificado como esse segundo torcedor. Então, o advogado da Gaviôes identificou ser Miranda essa pessoa que repassa a mochila.

Mas, em nota ao "Fantástico", o advogado afirma que Miranda não sabia da existência de um sinalizador, nem conhecida o menor que fez o disparo. Disse apenas, por meio do advogado, que deu à mochila para ele.

CRONOLOGIA DO CASO DA MORTE DE TORCEDOR NA BOLÍVIA


  • Dia 20 de fevereiro – O jovem Kevin Beltrán Espada, de 14 anos, morreu após ser atingido por um sinalizador disparado por um torcedor do Corinthians durante a partida entre o clube paulista e o San Jose, que aconteceu em Oruro (BOL), válida pela Libertadores.
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    Dia 21 de fevereiro – A polícia boliviana prendeu e indiciou 12 torcedores corintianos como suspeitos pela morte do garoto Kevin
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    Dia 21 de fevereiro – A Conmebol puniu o Corinthians a atuar com portões fechados até que uma decisão fosse tomada
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    Dia 24 de fevereiro – Um menor de idade, membro da Gaviões da Fiel, assumiu ter sido o autor do disparo que matou Kevin Espada.
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    Dia 25 de fevereiro – O jovem, de 17 anos, que assumiu ter atirado o sinalizador que matou Kevin Espada prestou depoimento em São Paulo e foi liberado pelas autoridades
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    Dia 26 de fevereiro – A Conmebol negou o recurso do Corinthians e manteve a punição de portões fechados no estádio do Pacaembu
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    Dia 27 de fevereiro – Quatro torcedores do Corinthians conseguiram liminares na Justiça comum e conseguiram entrar no estádio do Pacaembu para acompanhar a partida entre Corinthians e Millonarios
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    Dia 28 de fevereiro – O Corinthians fundamenta defesa e entrega para a Conmebol. No argumento, o clube paulista ignorou a presença dos quatro torcedores no Pacaembu
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    Dia 6 de março – A Conmebol adia o julgamento que decidiria a pena definitiva ao Corinthians por conta da morte do garoto Kevin Espada. Prevista inicialmente para o dia 6 de março, a audiência foi modificada para a tarde do dia 7.
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