Noitadas e pai 'raivoso' complicam permanência de Moreno no Grêmio
Marcelo Moreno vive no Grêmio um dos piores períodos de sua carreira. O boliviano, atualmente, não treina sequer no time reserva. E a opção do técnico Vanderlei Luxemburgo tem motivos além do técnico. Noitadas em demasia foram divulgadas no ano passado por um atual membro da direção e as reclamações públicas do pai do jogador pesaram na decisão de afastamento.
Vanderlei Luxemburgo não tomou uma decisão puramente baseada no desempenho de campo. Até porque Marcelo Moreno é um jogador de qualidade e foi artilheiro do time no ano passado. Mas o treinador ouviu pares de direção, conversou com membros da comissão técnica e chegou a conclusão que Moreno não deveria ser opção na atual temporada.
As razões para isso começaram a vir a público no ano passado. O então conselheiro do Grêmio Nestor Hein, frequente participante de programas de rádio esportivos ou não, divulgou que o centroavante era repetidamente visto em casas noturnas, seja em datas de folga ou vésperas de treinamentos importantes, ou viagens para jogos.
Moreno negou e se mostrou irritado. O clima foi, aos poucos, amenizado e o jogador se manteve titular. Mas o que o comandante de ataque não esperava era que Hein se tornaria membro do Conselho de Administração na gestão seguinte - que atualmente comanda o clube. Desde sua entrada em um posto mais relevante, o cartola tratou de seguir mais de perto os passos do jogador e não gostou do que viu.
A imagem de Marcelo Moreno já não era a melhor com a direção gremista e o comando técnico por conta de tal comportamento e se tornou totalmente inviável a partir das declarações de seu pai, Mauro Martins. Atacando o clube, chamando o Grêmio de 'timinho', dizendo que os profissionais devem seus empregos a Moreno, o progenitor causou ainda mais problemas internos ao atleta.
Um dia após a entrevista do pai de Moreno, o jogador entrou em contato com a Rádio Bandeirantes e pediu desculpas pelas palavras ditas. Mas o mal já estava feito.
Atualmente Moreno é a última opção. No último jogo da Libertadores, Yuri Mamute - que sequer tem treinado com os profissionais - foi relacionado para concentração. Moreno não. O Grêmio espera ansiosamente que apareçam interessados na contratação dele. Porém, pesa negativamente o alto salário recebido. São cerca de R$ 500 mil mensais para quem quiser ter os serviços do boliviano.
Sem Moreno, a delegação gremista chegou na noite de sábado na Venezuela e neste domingo treina para pegar o Caracas. O jogo da quarta rodada do grupo 8 da Libertadores está marcada para a próxima terça-feira às 21h30 (horário de Brasília).
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