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Sem jogar há quase 3 anos, Gil diz que guardou dinheiro e curte a vida

Bruno Thadeu

Do UOL, em São Paulo

02/04/2013 06h00

Gil já perdeu as contas de quantas vezes teve de responder à pergunta “quando você vai voltar a jogar?”, feita regularmente pelas pessoas nas ruas e baladas. Longe do futebol há quase três anos, o meia-esquerda de 32 anos não sabe se retorna aos campos. Em entrevista ao UOL Esporte, Gil diz que se planejou financeiramente para aproveitar a vida caso não encontre uma proposta de clube que o agrade.

Frequentador assíduo da noite paulistana, o jogador avisa que só volta ao futebol se for para defender um clube competitivo do Estado de São Paulo. Caso contrário seguirá sua vida social como desempregado.

“Clube tem um monte, mas jogar por jogar não me interessa. Pretendo seguir atuando em São Paulo. Não quero me expor à toa em um time que não tem sede de títulos, que entra só para não cair”.

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“Os clubes têm meu telefone. Não vou ficar me oferecendo”, acrescentou o atleta de 32 anos.

A fama de baladeiro não o incomoda.

“Não me incomodo em ser visto nas baladas. Vejo vários jogadores na balada e que estão voando em campo. É lógico que [a balada] pode interferir caso seu rendimento caia em campo. Por isso é preciso ter responsabilidade. E eu sempre fui muito responsável”, diz.

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Os clubes têm meu telefone. Não vou ficar me oferecendo

disse Gil, desempregado e sem atuar há quase três anos

Pensão, casamento e divórcio são palavras que não assustam Gil. Solteiro, ele não faz planos de matrimônio e de ter filhos. Gil descarta no futuro ser treinador ou comentarista esportivo.

Ficar sem trabalhar não é irresponsabilidade desde que haja planejamento, frisa o meia esquerda. Embora diga ter guardado dinheiro, Gil não sabe por mais quantos anos viverá dessa forma.

“Eu tenho meus investimentos. Apesar de não estar empregado, eu não estou desesperado. Eu tenho carro bom, apartamento bom. Nunca me empolguei na vida e sabia que uma hora o futebol acaba. Jogador tem prazo de validade. Evito gastos desnecessários”, explicou Gil.

“Nunca faltou nada para a minha família, mas lógico que tem horas que é preciso controlar as despesas, ainda mais agora longe do futebol”, declarou.

Apesar de estar quase três anos sem atuar, Gil recebeu salários polpudos durante boa parte do tempo inativo.

O último salário que caiu em sua conta foi em dezembro do ano passado, valor depositado pelo Internacional. Gil tinha contrato com o clube gaúcho, mesmo tendo sido afastado do elenco em 2010. No Inter ele faturava mais de R$ 80 mil.

A última partida disputada por Gil foi em junho de 2010, pelo Flamengo. O jogador chegou a iniciar negociação com o Ituano para o Paulistão de 2013, mas descartou o negócio. Em 2011, Gil recusou proposta do União Mogi, então na quarta divisão paulista.