Vasco usa parceira por reforço, mas sofre com perfil e receita bloqueada
A diretoria do Vasco tenta driblar a crise financeira de todas as formas possíveis para reforçar o elenco para o Campeonato Brasileiro. Nas últimas semanas, os dirigentes reativaram uma iniciativa que andava esquecida pelos lados de São Januário. Trata-se do auxílio da Penalty, fornecedora de material esportivo, na contratação de um “jogador de nome”. A possível ajuda está prevista em contrato, mas esbarra no perfil de atleta exigido pela empresa e no bloqueio de receitas sofrido pelo Cruzmaltino.
A Penalty ajudaria financeiramente na contratação com pagamentos de luvas e maior parte dos salários do nome escolhido em comum acordo com o departamento de futebol. Em troca, usaria a imagem do atleta em suas campanhas. Porém, o processo não é tão simples como imaginado em outras ocasiões pelos dirigentes. O principal problema envolve o passivo do Vasco.
O bloqueio das receitas também atinge a cota de patrocínio da Penalty, o que torna inviável a sequência do projeto no momento. O departamento jurídico trabalha diariamente para liberar o montante retido e ter a possibilidade de alavancar o plano com a parceira. Em uma previsão otimista dos dirigentes, o Vasco terá acesso ao dinheiro bloqueado até julho.
“A liberação dessas penhoras é um projeto desafiador e acreditamos que vai acontecer. Vamos nos planejar enquanto as coisas se resolvem. Caso a liberação seja uma possibilidade muito remota, teremos que trabalhar com outros fatores e alternativas”, explicou o diretor de planejamento e administração do Vasco, Miguel Gomes, ao programa Caldeirão Vascaíno.
VASCO ABANDONA PARQUE AQUÁTICO, ACUMULA LIXO E QUER REFORMA
Sede de uma etapa da Copa do Mundo de natação em 1998, o parque aquático do Vasco vive em completo abandono 15 anos depois. O local está interditado desde janeiro e acumula problemas. Em uma simples visita ao estádio de São Januário é possível perceber janelas e cadeiras quebradas, além das piscinas vazias e um depósito improvisado de lixo entre o local e a entrada do portão 16. A diretoria reconhece a questão e vive a expectativa pela reforma do espaço para servir como centro de treinamento nas Olímpiadas de 2016.
Com a liberação das receitas, o Cruzmaltino entrará em uma etapa de negociação com a Penalty. Este processo diz respeito ao perfil de atleta que se enquadra no trabalho da empresa. O nome precisa agregar valor ao time profissional e render imagem positiva para a fornecedora de material esportivo. E, lógico, ter o aval da comissão técnica.
“Não é qualquer jogador que entendemos ser de nome. A Penalty precisa aprovar e quer um atleta dentro do seu perfil. Por exemplo, mais de 30 anos e algo contra a imagem não está no perfil. Isso é um projeto vivo do marketing e todos estão trabalhando nesse processo”, comentou o diretor executivo de futebol do Vasco, René Simões.
O diretor geral Cristiano Koehler vem cumprindo uma etapa de reuniões com o objetivo de livrar o clube das penhoras. Uma comitiva vascaína viajou até Brasília nos últimos dias para audiências com o Governo visando o desbloqueio das receitas. Enquanto a administração busca soluções, o departamento de futebol trabalha para reforçar o elenco sem o auxílio da Penalty. O zagueiro Rafael Vaz, do Ceará, o atacante André, do Santos, e o goleiro Helton, do Porto-POR, são nomes fortes nos bastidores de São Januário.
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