Empréstimo de Giovanni evidencia tática de Tite de priorizar mais experientes
Desde que chegou ao Corinthians, no final de 2010, Tite montou um grupo forte com jogadores já experientes ou promessas vindas de outros times. O treinador alvinegro pouco utilizou os jovens formados nas categorias de base da equipe do Parque São Jorge. A saída do meia Giovanni para a Ponte Preta evidencia a teoria de que é difícil cruzar o caminho entre a base e o profissional no clube.
Giovanni foi formado nas categorias de base do Corinthians e teve poucas oportunidades com Tite. Campeão da Copa São Paulo em 2012, foi promovido ao profissional. Fez 17 jogos e marcou dois gols. Além disso, participou do grupo campeão do mundo no Japão no final do ano passado. Ficará emprestado à Ponte preta até o final do ano.
Gastos com Pato e Renato Augusto fazem Corinthians puxar o freio nos reforços
O Corinthians está sob uma ordem de austeridade fiscal. Por isso, nenhum nome de peso deve ser contratado durante esta janela de meio de ano. O UOL Esporte apurou com integrantes da diretoria alvinegra que a medida foi planejada e é reflexo das altas cifras dispendidas nas contratações do atacante Alexandre Pato e do meio campista Renato Augusto, que chegaram no início do ano. O camisa 7 sozinho custou aos cofres alvinegros R$ 40 milhões, fato que se transformou na maior contratação da história do futebol brasileiro. Para repatriar Renato Augusto, por sua vez, o time do Parque São Jorge desembolsou cerca de R$ 10 milhões.
Atualmente, o Corinthians conta em seu elenco principal com 10 jogadores vindos das categorias de base: os goleiros Júlio César, Danilo Fernandes e Matheus; os laterais Denner e Igor; os zagueiros André Vinicius e Yago; os atacantes Léo e Paulo Victor. Nenhum deles é titular.
Destes, o que mais atuou foi Júlio César. Aos 28 anos, tem 141 partidas pelo clube e foi titular no título do Campeonato Brasileiro de 2011. Com a chegada de Cássio, entretanto, perdeu espaço. O lateral esquerdo Igor também tem tido algumas chances quando Fábio Santos não joga. Os outros, geralmente nem no banco ficam. Quando são relacionados, raramente entram.
“Nosso trabalho é formar atletas que tenham condições de fazer parte do grupo principal. A partir daí nosso trabalho está encerrado. Não há como precisar um tempo. É um processo de médio a longo prazo”, afirmou ao UOL Esporte Marcelo Rospide, superintendente técnico das categorias de base corintianas.
O Corinthians mantém o discurso de que o fruto das categorias de base está sendo colhido e de que é preciso mais tempo para amadurecer os garotos. Na equipe principal, a prioridade ainda tem sido usar os mais experientes. Para tapar buracos, a diretoria costuma olhar para fora de casa. Garimpar talentos tem sido a estratégia. Paulinho, principal jogador da equipe atualmente, fez esse caminho ao vir do Bragantino, ainda desconhecido.
Nesta janela, chegaram os volantes Maldonado e Ibson, já rodados no futebol, com idades de 33 e 29 anos, respectivamente, e Jocinei, volante de 22 anos vindo do Rio Claro. Apesar de não haver grandes contratações, Tite deve continuar com a mesma base e os atletas formados no clube devem ter ser mais pacientes para se firmarem no time.
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