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Vice do São Paulo volta a falar em teto salarial, mas não descarta Muricy: "Futebol é dinâmico"

Muricy Ramalho pode voltar a comandar o time do Morumbi, diz dirigente - Antônio Gaudério/Folhapress
Muricy Ramalho pode voltar a comandar o time do Morumbi, diz dirigente Imagem: Antônio Gaudério/Folhapress

Danilo Lavieri

Do UOL, me São Paulo

08/07/2013 17h28

O vice-presidente do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes, diz que Muricy Ramalho ainda não está descartado para substituir Ney Franco. O dirigente, que já chegou a dizer que o clube não negociava com ninguém e, no dia seguinte, apresentava um reforço, afirmou que o futebol é dinâmico e que tudo pode mudar de um dia para o outro.

No Santos, Muricy Ramalho recebia R$ 700 mil e tinha uma alta multa rescisória que beirava os R$ 4 milhões. Tudo isso se torna como grande obstáculo para que o tricampeão brasileiro com o São Paulo volte a dirigir a equipe onde se consagrou.

“Sim, temos limite salarial e multa rescisória. Os salários oferecidos por nós são extremamente vantajosos, são bem razoáveis. Essa é uma das questões. A premiação que oferecemos também é muito boa. E outra postura incomum para o mercado que adotamos é a multa rescisória, que não colocamos no contrato”, disse ele, que completou.

“Mas as coisas são dinâmicas no futebol. O Luis Fabiano, quando veio para o São Paulo, pelos desafios que iria ter, pela motivação que teve, aceitou receber valor inferior ao que recebia (no Sevilla). Isso aconteceu também quando acertamos com o Adriano. Esse raciocínio (de barrar nomes por salário alto) não é o mais adequado”.

Apesar da negativa, o UOL Esporte já havia mostrado na manhã desta segunda-feira que a diretoria descartou Muricy por causa dos salários. Sendo assim, Paulo Autuori passou a ser o favorito.

O atual treinador do Vasco deve anunciar sua saída de São Januário ainda nesta segunda e já declarou que “gostaria de estar confortável para negar uma nova proposta tricolor”. Tudo leva a crer que Autuori seja anunciado ainda esta semana, apesar da pressão da torcida.

Vice minimiza pressão da torcida e afasta Leco de decisão

João Paulo, aliás, afirma que os torcedores não definirão seu futuro treinador. "Claro que é importante a vontade da torcida, é importante ouvir a coletividade. Mas eles, nem sempre, sabem de todos os parâmetros de uma negociação", finalizou. 

João Paulo de Jesus Lopes também disse que não se importa com a pressão de conselheiros, diretores e até de seu companheiro de vice-presidência Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, na escolha do substituto de Ney Franco.

Usando a expressão histórica "triunvirato", que define que apenas três homens têm poderes políticos, o cartola afirmou que até ouve sugestões, mas que apenas ele, o presidente, Juvenal Juvêncio, e o diretor de futebol, Adalberto Baptista, terão voz para poder influenciar no novo nome. Com essa mesma explicação ele também descartou que problemas entre Leco e Muricy sejam um obstáculo.

"Não tem problema nenhum, na medida que quem decide é o presidente, assessorado pelo vice e pelo diretor. Essas questões ficam reservadas ao triunvirato. Respeitamos os diretores, ouvimos a opinião de todos, mas as decisões são restritas a esses nomes, todos comandados pelo Juvenal. Por isso, Muricy não tem resistência interna", finalizou.