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Flu vira 'cobaia' de consórcio Maracanã e definirá regras com organizadas

Consórcio ainda não definiu regras para torcidas no Maracanã e aguarda TAC - Daniel Marenco/Folhapress
Consórcio ainda não definiu regras para torcidas no Maracanã e aguarda TAC Imagem: Daniel Marenco/Folhapress

Renan Rodrigues e Vinícius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

12/07/2013 06h00

Primeiro clube a fechar contrato com o Complexo Maracanã Entretenimento SA, o Fluminense servirá como uma espécie de modelo para possíveis acordos com outras equipes cariocas. O consórcio quer implementar um modelo com regras mais próximas dos eventos da Fifa nos jogos do futebol brasileiro, mas não será o responsável por dialogar com as torcidas organizadas. Isso ficará a cargo dos times.

O Fluminense elegerá um representante das suas torcidas organizadas e discutirá o melhor modelo das regras para produzir um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). Não existe prazo para a conclusão do relatório. Apesar disso, a FTORJ (Federação das Torcidas Organizadas do Rio de Janeiro) ainda tenta um encontro com representantes da administração do Maracanã. Eles fizeram uma visita em maio, quando a arena ainda estava sob responsabilidade do governo, mas depois não foram mais ouvidos.

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"Vamos dar ao Maracanã uma gestão diferenciada, que dará ao torcedor conforto, segurança e acessibilidade. Se os bandeirões, por exemplo, atrapalham o conforto de um espectador, vamos discutir uma solução. Mas não há nada definido. Se o bambu da bandeira não for seguro, vamos avaliar. Se a pessoa quer ficar de pé em uma área do estádio, vamos ver se é possível, desde que isso não atrapalhe o próximo", o presidente do Complexo Maracanã, João Borba.

A segurança interna do Maracanã será feita por agentes educacionais, mas a tendência é que uma unidade do Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios) também fique na arena como precaução para algum incidente. Apesar de tentar convencer o Fluminense da necessidade de algumas regras mais rígidas em relação ao atual uso dos estádios brasileiros, a assessoria do consórcio negou que já tenha proibido bandeiras ou instrumentos musicais.

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  • Júlio César Guimarães/UOL

"O Complexo Maracanã Entretenimento S.A esclarece que em nenhum momento falou em proibição de bandeiras e instrumentos musicais durante os jogos de futebol. O que a concessionária propõe é que os clubes dialoguem com seus respectivos torcedores para que, por meio de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), prevaleça no Maracanã o tripé conforto, segurança e acessibilidade em benefício de todos", disse a administradora do estádio através de nota oficial.

Outros estádios utilizados na Copa das Confederações, como a Arena Pernambuco e o Mineirão, permitem instrumentos musicais e bandeiras. O primeiro teste na segurança do Maracanã será feito na reabertura para clubes, no próximo dia 21, no clássico entre Fluminense e Vasco. A partida válida pela oitava rodada do Brasileirão também marcará o aniversário de 111 anos do time das Laranjeiras. 

O Fluminense assinou contrato por 35 anos com o Complexo Maracanã Entretenimento SA e terá direito de explorar comercialmente 43 mil lugares, 56,6% da capacidade do estádio. O clube só terá de pagar impostos, taxas da federação e outros custos fixos (arbitragem, doping, etc), mas não terá participação nas negociações de camarotes, estacionamentos, restaurantes e demais cadeiras. 

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