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Zagueiro chamado de "bambi assassino" por Petraglia hoje elogia o dirigente

Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

15/01/2014 06h00

“Bambi assassino”. Era isso que o zagueiro Alex Bruno ouvia do descontrolado presidente do Atlético-PR, Mário Celso Petraglia, ao dar entrada dura que lesionou o meio-campista Fabrício em um jogo do São Paulo contra o time paranaense, na Arena da Baixada, em 2005.

Alex, campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes com o time do Morumbi, e que hoje está no Rio Claro, com 31 anos, foi xingado pelo dirigente enquanto saía de maca do gramado, também lesionado pela entrada que deu.

“Dei uma entrada forte no Fabricio, escorreguei e ele veio pra cima de mim na jogada. Eu era o último homem, tinha que chegar firme. Escorreguei, acabei pegando o joelho dele e machucou”, lembrou.

“Fui expulso e, descendo para o vestiário, o Petraglia disse pra mim que o Fabricio era jogador dele e ficou me xingando, falando um monte de coisas, cuspiu em mim, mostrando o dedo. Me ofendeu, chamando de 'bambi assassino' e disse até que ia me matar. Mas depois me ligou pedindo desculpas”, falou.

Hoje, até elogia o dirigente, que ainda preside o Atlético-PR. "Eu estive agora há pouco em Curitiba e percebi que ele é um cara muito bom e paga seus compromissos, paga bem seus atletas, dá a melhor estrutura para o clube e a melhor alimentação. É um cara que a gente tem que tirar o chapéu. O trabalho dele lá em Curitiba é muito elogiado por quase todos."

Alex agora se prepara para a disputa do Campeonato Paulista e joga mais por prazer do que por necessidade financeira. Isso porque já durante a carreira de atleta aproveitou para investir seu dinheiro em outros ramos.

Hoje é dono de uma franquia de iogurtes em um shopping center do ABC paulista, aberta há cinco anos. Começou a ter a ideia nos tempos em que jogou no Atlético-MG e passeava em Belo Horizonte. Mas ele diz que, em São Paulo, fica mais fácil administrar.

“Estava em um shopping em BH procurando um produto depois do almoço e aí me indicaram isso, zero açúcar, baixa caloria e sem gordura. Então eu gostei, fiquei setes dias observando e fechei [o negócio]. Aconteceu em 2009”, contou. "Foi muito forte e bom no começo. Depois vieram as concorrentes. Antes eu era sozinho no Shopping Metrópole de São Bernardo do Campo. Agora tem dois, três...até cinco concorrentes”, completou.

Além desse negócio, ainda se aventura no ramos dos calçados. “Tenho uma loja de calçados “Belíssima Calçados” em Guaianazes, na Zona Leste. O meu irmão toma conta lá.”

  • Fernando Santos/Folhapress