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Jurídico da Portuguesa quer clube na Justiça Comum contra CBF

Paulo Passos

Do UOL, em São Paulo

06/02/2014 16h52

O vice-presidente jurídico da Portuguesa, Orlando Cordeiro de Barros, defende que o clube entre na Justiça Comum para derrubar a decisão do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), que rebaixou a equipe para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Nesta quinta-feira, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) conseguiu derrubar as liminares obtidas por torcedores do clube contra a decisão da entidade.

“Minha posição é clara: temos que ir para a Justiça Comum e ponto final. Vou defender isso numa reunião que teremos”, afirmou ao UOL Esporte Orlando Cordeiro de Barros, que sempre defendeu uma posição mais radical do clube no caso. “Agora não tem mais o que fazer, é guerra”, completou.

O dirigente tentará convencer o presidente do clube, Ilídio Lico, a aceitar o confronto com a CBF. Uma reunião nesta sexta-feira definirá a estratégia que será adotada. Até agora, o mandatário do clube tem mantido uma posição de diálogo com o comando da entidade.

Na última quarta-feira, O dirigente da Lusa esteve reunido com o presidente José Maria Marin e chegou a propor uma solução alternativa: um Campeonato Brasileiro com 21 clubes, com Fluminense e Portuguesa na série A. A proposta foi descartada por Marin.

Em entrevista ao Blog do Rodrigo Mattos, o advogado da CBF, Carlos Miguel Aidar afirmou que após a cassação de sete liminares em favor da Lusa na Justiça de São Paulo, só acredita na possibilidade de mudança no Brasileiro-2014 se houver uma ação direta da Portuguesa

“Todas caíram por falta de legitimidade da parte. Agora só se a Portuguesa, Fluminense ou Vasco conseguirem liminares. Ai a história seria diferente. Mas ai correm o risco de serem punidos pela CBF por entrarem na Justiça comum'', disse Aidar.

Durante reunião do conselho técnico do Campeonato Brasileiro, a CBF propôs aos clubes um pacto para que não aconteçam reivindicações na Justiça Comum contra decisões do STJD. Os 20 clubes da série A concordaram com o acordo.

“Clubes irão se tornar reféns do STJD. Parar um campeonato antes da rodada inicial não é bom para nenhum lado. Os clubes não aceitarão mais as demandas dos torcedores. Se o torcedor for beneficiado, os clubes não irão cumprir", afirmou Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG.