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Kardec espera "sim" do Palmeiras nesta 4ª. Demora cria interesse de rivais

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

09/04/2014 06h03

Novelas com boa audiência, geralmente, ganham mais semanas no ar. No caso da renovação de Alan Kardec, no entanto, esses dias a mais no noticiário estão causando o efeito contrário para o Palmeiras. Ainda sem acordo para ficar no clube após o meio do ano, o atacante já tem propostas salariais superiores e começa a fazer parte dos planos de outros clubes.

Segundo representantes do atleta, a diretoria palmeirense tem ciência do interesse de outras equipes brasileiras. Uma dessas sondagens, inclusive, chegou à mesa com R$ 80 mil a mais do que o camisa 14 pede pela renovação. Os diretores, por sua vez, seguem a política de não se manifestar sobre contratações publicamente.

Para tentar fechar de vez a negociação, os representantes do atleta enviaram uma nova contraproposta na última terça-feira e esperam uma resposta positiva nesta quarta-feira. O otimismo em relação ao acerto continua. 

O pedido do jogador gira em torno de R$ 200 mil na parte fixa e seria, por exemplo, menos da metade do que Valdivia tem de vencimentos. Seria também bastante reduzido em relação ao que Wesley recebe. Os dois não estão no modelo de produtividade. Caso alcance as metas, o artilheiro chegaria nesse patamar. 

A vantagem do Palmeiras na concorrência é o acordo com o Benfica, dono dos direitos do atleta. São 6 milhões de euros no papel, mas há o acerto verbal que o valor será de 4 milhões de euros (pouco mais de R$ 12 milhões). Em caso de negociação com outra equipe, os portugueses podem impor o valor que quiserem.

Mesmo podendo ganhar mais defendendo outro time, o artilheiro do Campeonato Paulista pretende seguir no Palmeiras para poder manter a boa sequência que o colocou na mídia como um candidato à seleção brasileira. Com 25 anos, Kardec acredita que ainda poderá realizar o sonho de estourar na Europa, coisa que não conseguiu no Benfica.

Depois de aceitar o contrato de produtividade, Kardec e seus representantes entendem que o pedido salarial base é baixo e se enquadra na nova política alviverde. A diretoria palmeirense concorda em parte e quer convencê-lo de que a parte variável é muito grande.  A demora, no entanto, começa a causar irritação nos empresários.

PALMEIRAS SE PREPARA PARA O BRASILEIRO