Topo

Elano deixa o Flamengo sem jogar uma partida completa. E de bolso cheio

Pedro Ivo Almeida e Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

07/08/2014 06h00

O meia Elano se despede do Flamengo sem deixar saudade na torcida. O jogador atuou em apenas 15 jogos e jamais esteve em campo por 90 minutos. Contratado para substituir Elias, o camisa 7 passou longe do esperado. Porém, um acordo com o Rubro-negro garante o pagamento de cerca de R$ 1,2 milhão até o final do ano.

Elano marcou somente três gols com a camisa do time da Gávea - dois no Campeonato Carioca e um pela Copa Libertadores. O clube saiu do casamento com prejuízo considerável. O jogador recebeu em média R$ 93 mil por jogo e cada tento assinalado custou por volta de R$ 466 mil.

O salário - em torno de R$ 400 mil - foi dividido entre Flamengo e Grêmio. O clube gaúcho ainda estuda a situação do jogador, mas os cariocas não tiveram alternativa para aliviar o elenco. Restou arcar com o restante dos vencimentos até o fim do contrato.

O desânimo com o desempenho de Elano foi assunto recorrente nos bastidores do Rubro-negro nos últimos meses. O atleta não fez um jogo completo no Rio de Janeiro em 2014. E os números são ainda piores.

A última partida em que o camisa 7 atuou por 90 minutos aconteceu em julho do ano passado. Na ocasião, ele foi titular na derrota do Grêmio por 2 a 0 para o Corinthians. De lá para cá, lesões e queda acentuada na carreira.

Fisicamente, Elano já não era o mesmo jogador que brilhou pelo Santos, na geração de Diego e Robinho, ou que foi importante na Copa do Mundo de 2010, para a seleção brasileira. Ele chegou ao Rio de Janeiro com pompa, no início da temporada, mas ao observar tudo o que cercou a transferência o sinal de alerta apareceu no departamento de futebol.

O atleta foi titular do Grêmio quando Vanderlei Luxemburgo estava no comando, mas perdeu espaço para jogadores mais jovens no comando de Renato Gaúcho. O nível do futebol apresentado não mudou após as apostas de Jayme de Almeida e Ney Franco. A despedida veio em forma melancólica: perseguido pela torcida e participante do elenco que ocupa a lanterna do Campeonato Brasileiro.