Efeito Kardec faz Palmeiras repensar contrato de produtividade
A novela que resultou na saída de Alan Kardec para o São Paulo ainda causa reações no Palmeiras. Após perder o atleta na tentativa de economizar "um troco", como definem os críticos da gestão, levou a diretoria a repensar o modelo de contrato de produtividade apresentado aos atletas que são pretendidos.
A ideia não foi abandonada, mas a diferença entre a parte fixa e variável do acordo é muito menor do que no era no início. É assim, por exemplo, que o time vai tentar um acordo para a renovação de Wesley, que tem contrato até fevereiro de 2015. A produtividade estará no papel, mas, caso o volante não possa manter sequência dentro dos gramados, o rendimento financeiro não será tão afetado.
O contrato com os novos argentinos, recém-chegados, por exemplo, já foram feitos neste modelo, com uma diferença muito menor do que a adotada antigamente, com outros atletas, como Bruno César por exemplo. O meia perde cerca de R$ 15 mil a cada partida que fica de fora.
O modelo afetava bastante as negociações com nomes que o diretor-executivo, José Carlos Brunoro, tentava contratar. E, mesmo com a mudança, ainda atrapalha na chegada de novos nomes. Diego Souza, por exemplo, não se enquadrou nos pedidos palmeirenses e preferiu fechar com o Sport.
Apesar de entender que esse é o modelo ideal para minimizar problemas financeiros, a diretoria percebeu que sempre sairia perdendo para a concorrência quando o assunto era dinheiro. E, mais uma vez, o caso Kardec teve papel decisivo nisso. O Palmeiras oferecia aproximadamente R$ 220 mil, enquanto que o São Paulo conquistou o jogador com R$ 350 mil.
Além do prejuízo esportivo, Nobre também sentiu na pele o que um erro no futebol pode resultar no aspecto político palmeirense. O caso da saída do atacante se transformou em um poderoso argumento da oposição para desqualificar o trabalho da atual gestão, somado aos problemas com torcedores organizados, falta de resultados no marketing e péssimos resultados dentro de campo.
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