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Dunga confirma Neymar como novo capitão da seleção brasileira

Danilo Lavieri

Do UOL, em Miami

04/09/2014 14h02

O atacante Neymar vai ser o novo capitão da seleção brasileira. O técnico Dunga confirmou nesta quinta-feira (04) que o camisa 10 usará a braçadeira a partir da próxima sexta-feira, quando o time nacional enfrentará a Colômbia em Miami.

“Já está definido. Vai ser o Neymar”, disse Dunga ao ser questionado sobre o novo capitão da seleção brasileira. A braçadeira foi usada na Copa do Mundo pelo zagueiro Thiago Silva, que não foi convocado para o amistoso desta sexta-feira (05) por estar lesionado.

“O critério é a referência, o jogador de futebol brasileiro. É um jogador que tem qualidade, apesar da idade. É experiente. O capitão é uma referência para os colegas”, completou Dunga.

Neymar já foi avisado sobre a braçadeira. Ele teve conversa com Dunga e com Gilmar Rinaldi, coordenador da seleção, sobre a nova função no time.

“Ele reagiu bem. É um jogador que gosta de desafios, que gosta de vencer. Quando conversamos, colocamos a ideia e apresentamos o que queríamos. Falamos as coisas boas e as vantagens que ele tem, e depois apresentamos as coisas ruins. É a história do kit da responsabilidade. Ele sorriu da mesma forma, falou sobre o grande desafio e sabe dos outros líderes do grupo. É importante para ele como é importante para a seleção”, relatou Dunga.

A decisão do novo técnico é um novo degrau para Neymar na seleção. O atacante já havia conquistado espaço com a comissão técnica anterior, liderada por Luiz Felipe Scolari, quando recebeu a incumbência de usar a camisa 10 na Copa do Mundo.

A valorização de Neymar agora é importante por causa de uma declaração recente de Dunga. Em entrevista à revista “Época”, o treinador disse que o atacante precisava do carimbo de campeão do mundo para ser considerado craque.

“Quando eu falei que a gente ia ajudar o Neymar, alguns falaram que soou prepotente. Se eu fosse fazer isso e fazer que ele se transforme no melhor do mundo, faria com o meu filho. Ele não precisa. Temos de criar um grupo forte para que o Neymar cresça mais como jogador e como personalidade, para que ele seja uma referência para os mais novos. E nós também não queremos um líder só. Em todas as vezes que ganhou o Brasil tinha vários líderes com personalidades diferentes. É isso que queremos”, encerrou o treinador.