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Alisson termina ano afirmado após ser 'descoberto' em outubro pelo Inter

Alisson desbancou Dida e o irmão Muriel na reta final do ano e deve ser titular em 2015 - Ricardo Nogueira/Folhapress
Alisson desbancou Dida e o irmão Muriel na reta final do ano e deve ser titular em 2015 Imagem: Ricardo Nogueira/Folhapress

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

08/12/2014 13h49

De todo o elenco do Internacional, ninguém termina 2014 mais em alta que Alisson. O goleiro de 22 anos encerra a temporada afirmado como titular, desbancando o veterano Dida e aproveitando uma lesão do irmão Muriel. E tudo isto mesmo sendo descoberto pelo técnico Abel Braga apenas em outubro, por uma contingência. E com uma ‘quase’ convocação para a seleção brasileira à época dirigida por Felipão.

A passagem pelo time verde e amarelo foi cogitada mais de uma vez, mas o momento não foi confirmado. Alisson seria chamado por Scolari para compor o elenco da seleção na Copa das Confederações. Em uma ação projetando o futuro.

‘Não foi uma nem duas vezes (que pensei em convocar ele). Mas na primeira vez ele não estava jogando. Se não me engano era o Dunga o técnico e tinham dois goleiros na frente dele. Esperamos. Na segunda vez, quando ele começou a jogar, por uma razão ou outra não tivemos como convocá-lo. Mas era um jogador que sempre ouvimos coisas de dentro do Inter, do Estado e da seleção que seria um goleiro do futuro. Como está sendo agora”, disse Felipão.

Pelo Inter, na reta final do Brasileirão, Alisson garantiu novos elogios. Titular em 11 partidas, ele ganhou espaço no jogo seguinte da derrota histórica diante da Chapecoense. Com Muriel lesionado e Dida suspenso pelo cartão vermelho, o camisa 22 atuou diante do Fluminense e agradou.

Seguiu em campo justamente por ter entrado em uma partida considerada de alto risco, com uma carga emocional enorme. E empurrou Dida para o banco de vez – deixando o futuro do camisa 1 até incerto no Beira-Rio.

"Quando se inverteram os papeis ele me apoiou. Contra o Fluminense, o Dida foi no vestiário, fechou com a gente (na oração) e me deu um abraço depois. Deu uma tranquilidade boa para aquele jogo. É uma liderança positiva, um exemplo mesmo", contou Alisson à época.