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Torcida única em estádio não é garantia de segurança. Europa prova isso

Do UOL, em São Paulo

06/02/2015 06h00

Os clássicos entre Corinthians e Palmeiras seguirão os passos de Cruzeiro e Atlético-MG e contarão apenas com uma torcida a partir deste domingo. Mas, essa experiência já foi adotada em outros países e nem sempre o resultado é o fim de confusões.

Turquia, Grécia e Argentina já tiveram partidas com apenas torcida do time mandante. Mesmo assim, as confusões dentro e fora do estádio foram registradas.

O principal problema foi na Grécia. Panathinaikos e Olympiakos jogavam pelo Campeonato Grego apenas com a torcida do mandante. O visitante liderava a competição e poderia ficar muito próximo do título.

Mas, para evitar isso, a torcida do Panathinaikos teve a ideia de atrapalhar o duelo e lançar bombas para dentro do gramado. A situação piorou quando o Olympiakos fez o primeiro gol do jogo e o estádio virou uma praça de guerra. A polícia reagiu a confusão e passou a disparar gás lacrimogênio e spray de pimenta em direção aos torcedores.

Besiktas e Galatasaray, considerado um dos clássicos mais tensos do mundo, também já teve confusão dentro do estádio com torcida única. Após ser expulso do jogo, que era vencido pelo Galatasaray, Felipe Melo deixou o gramado mostrando a camisa para as arquibancadas.

Isso bastou para os fãs do Besiktas se revoltarem e invadirem o gramado. Os atletas do Galatasaray presos no vestiário até tudo se acalmar.

A Argentina também adotou a política de torcida única depois que teve um 2013 marcado por muita morte em confrontos nos estádios. As confusões diminuíram, mas não cessaram, pois existe rivalidade entre torcedores do mesmo clube.

Essa situação vivida pelos argentinos também ocorre no Brasil. O próprio Corinthians, em 2014, passou por isso em um clássico contra o São Paulo. No Itaquerão, membros da Camisa 12 e Pavilhão 9, duas organizadas do clube, deram um início a confusão nas arquibancadas do estádio corintiano.