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Muricy avisa após mais uma vitória: "Para me pressionar tem que ser grande"

Do UOL, em São Paulo

15/03/2015 18h45

O técnico Muricy Ramalho expôs na última quinta-feira, após vitória sobre o São Bento, que há uma divisão de pensamentos na diretoria do São Paulo e que tal situação não só atrapalha o funcionamento do futebol como cria “forças” para derrubá-lo. Neste domingo, após vencer a Ponte Preta em Campinas, por 2 a 1, o treinador tentou não tocar no assunto, mas reafirmou aquilo que disse há três dias.  

“Não dá nem pra falar mais nisso aí. Já passou. Bola para frente”, disse Muricy, em entrevista coletiva reproduzida pela Rádio Globo, quando questionado sobre a nota oficial do presidente Carlos Miguel Aidar, que no dia seguinte reiterou apoio à permanência do treinador. 

Depois, no entanto, o técnico falou mais uma vez que é preciso ter força para tirá-lo do comando da equipe: ”Para mim, pedir a cabeça só se o cara vier me pressionar. Tem que ser fera para me pressionar. Outro dia o time brigou para não cair e a gente ficou com o time em cima. Para me pressionar tem que ser grande”, falou. 

Questionado sobre uma possível saída do vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro, maior defensor do treinador no clube, Muricy detalhou a boa relação com o dirigente.

“Em relação ao Ataíde, é um grande companheiro não é de agora. Pessoa que eu admiro, porque acho que é importante na vida, a coisa mais importante para mim é o caráter. Ele tem muito isso, e a gente é muito parecido nesse sentido. Eu acredito que não vá ter esse problema. Presidente está do lado dele, a gente percebe nas conversas. O São Paulo e o futebol perdem muito com a saída dele se ele sair”, falou o treinador.

Em relação aos gritos da torcida presente no Moisés Lucarelli, que mesmo com a vitória gritou “É quarta-feira”, Muricy disse achar natural.

“Primeiro que assim, de quarta-feira é natural, é Libertadores. Estamos brigando e estamos nela, temos chance”, falou.