Acertado com o Palmeiras, meia tenta liberação do Atlético-MG via justiça

O imbróglio entre o meia Giovanni Augusto e o Atlético-MG ganha um novo capítulo. Questionando aditivo que prolongou seu vínculo de maio para dezembro deste ano, o jogador acionou o clube na justiça e tenta a rescisão indireta do contrato. Como já tem um pré-contrato assinado com o Palmeiras, Giovanni também pediu a antecipação de tutela, para que seja liberado antes de ter o resultado da sentença.

O meia reconhece que assinou o termo aditivo, em janeiro de 2014. No entanto, até janeiro deste ano o BID (Boletim Informativo Diário) ainda constava que o contrato com o Atlético se encerraria em 15/05/2015. O jogador questiona que um termo aditivo de contrato só tem validade até 30 dias após assinado, portanto, a prorrogação divulgada pelo próprio BID, em janeiro passado, seria ilegal.

Além de pedir a rescisão indireta, Giovanni Augusto também cobra uma quantia de R$ 105 mil, referentes a descumprimentos de cláusulas contratuais e o pagamento de um seguro, já que ele se lesionou no começo de fevereiro e ficou quase dois meses no departamento médico. A primeira audiência está marcada para o dia 16 de abril e vai acontecer na 21ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte.

Natural de Belém, no Pará, Giovanni Augusto foi revelado pelo Atlético em 2010, mas teve poucas oportunidades com o então técnico Vanderlei Luxemburgo e foi jogar no Náutico. Em 2011, com Dorival Júnior, o meia ganhou mais espaço e se tornou titular. No entanto, o comportamento fora de campo afetou o rendimento do atleta, que perdeu o lugar e acabou emprestado ao Grêmio Barueri.

Ainda com vínculo com o clube mineiro, Giovanni acabou emprestado mais vezes e defendeu também o Criciúma, o Náutico mais uma vez, o ABC e, por último, o Figueirense. Foi pela equipe de Santa Catarina que o meia ganhou projeção, com boas exibições no Campeonato Brasileiro de 2014, especialmente contra as equipes de São Paulo. Aliás, foi de Giovanni Augusto o primeiro gol da Arena Corinthians.

O retorno à Cidade do Galo aconteceu graças ao técnico Levir Culpi, que desejava contar com o jogador. Giovanni Augusto acabou fora da relação das duas primeiras partidas do ano, contra Shakhtar Donetsk e Tupi, mas estava agradando ao treinador durante os treinamentos. O bom desempenho foi interrompido por uma contusão no tornozelo esquerdo, no dia 2 de fevereiro, em jogo-treino contra o Social.

Na semana passada o jogador voltou a treinar no campo, com perspectiva de ser utilizado nas próximas rodadas. Mas com essa ação na justiça, dificilmente Giovanni Augusto vestirá a camisa de jogo do Atlético nas próximas semanas, mesmo com o contrato em vigor.