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Ex-líder de assistência, meia questionado é bancado por Levir

Titular do Atlético-MG, meia foi um dos principais jogadores de Levir no ano passado - Bruno Cantini / Flickr
Titular do Atlético-MG, meia foi um dos principais jogadores de Levir no ano passado Imagem: Bruno Cantini / Flickr

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

07/05/2015 13h11

Em 2014, Dátolo terminou o ano como um dos pilares do Atlético-MG na campanha vitoriosa da Copa do Brasil. Durante toda a temporada, o argentino atingiu números que superaram até Ronaldinho Gaucho em sua passagem pela equipe. Em 49 jogos, Dátolo marcou sete gols e ofereceu 18 assistências, terminando o ano como maior garçom alvinegro e atingindo uma média de um passe para gol a cada 2,7 jogos. Quando escalado como segundo volante, o meia voltou a surpreender, aumentando a qualidade nas saídas de bola e transição para o ataque.

Já na atual temporada, no entanto, o argentino tem convivido com as críticas da torcida, que não vem gostando de suas atuações em campo. Na ausência de Guilherme, lesionado, é Dátolo quem se torna um dos principais responsáveis pela criação das jogadas. O desempenho, porém, tem sido abaixo do esperado. Até o momento, foram 13 jogos realizados, tendo marcado por duas vezes e oferecido uma assistência, todos pelo Campeonato Mineiro. Contra o Inter, ainda no primeiro tempo de jogo, Levir Culpi ouviu as primeiras vaias por parte da torcida, insatisfeita com o desempenho do jogador.

“Pra mim, o Dátolo é um dos ídolos da torcida. Hoje começaram as vaias e eu senti por ele. Ele é um dos melhores em assistências, já fez gols importantes pelo time, e estava jogando igual aos outros, correndo igual todo mundo. Reconheço que não estava acontecendo tudo dentro das características dele, mas a solução não é vaiar.  Os torcedores escolhem alguém pra irritar. Se fosse para vaiar, tinham que vaiar todos.Essa é a solução?”, comentou Levir.

Em 2013, melhor ano em que Ronaldinho Gaúcho atingiu seu auge no Atlético-MG, o craque marcou por 17 vezes e ofereceu 14 assistências, número levemente inferior aos de Dátolo, no ano seguinte. No início da atual temporada, o time mineiro perdeu Diego Tardelli, outro pilar na equipe e no qual Dátolo dividia as ações ofensivas. Hoje, Luan e Carlos são os principais companheiros do argentino na organização das jogadas. Desde que resolveu seu problema judicial com o clube, Giovanni Augusto passou a ser outra opção para o setor, mas a tendência é de que, pelo menos por enquanto, o jogados siga como um dos reservas no meio-campo.

“Temos que saber interpretar os números também. Tem jogador que tem 30 gols, mas só em regionais. Na Libertadores é diferente, temos que saber lidar com os números. O Dátolo precisa lidar com os números dele, mas ele tem que se manter na posição”, bancou Levir.