Topo

Diretor rebate Levir e diz que atraso do Atlético-MG é no direito de imagem

Segundo o próprio treinador, elenco está convivendo com os atrasos há três meses - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Segundo o próprio treinador, elenco está convivendo com os atrasos há três meses Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Do UOL, em Belo Horizonte

12/06/2015 13h32

Não há atrasos no salário, mas o dinheiro referente ao direito de imagem é que ainda não caiu na conta dos jogadores e comissão técnica do Atlético-MG. Conforme apurou o UOL Esporte, o time mineiro está mesmo com dois meses de direito de imagens atrasados. Nesta sexta-feira, o técnico Levir Culpi admitiu o não pagamento de três meses de salário. Em contato com a reportagem, o diretor de futebol do Atlético, Eduardo Maluf desmentiu a informação, mas confirmou que ainda há pendências com os atletas. Segundo Maluf, um bloqueio na justiça causou o atraso de dois meses no pagamento do direito de imagem dos jogadores. O primeiro dos dois meses deverá ser depositado para os atletas já na semana que vem.

"Não há nenhum atraso de salário. Os direitos de imagem estão atrasados por dois meses por conta de um bloqueio judicial que tivemos, mas o primeiro mês já será pago na semana que vem", disse Maluf, confirmando também o pagamento em dia de premiações por títulos, como o da Copa do Brasil de 2014.

Cotado como um dos favoritos ao título brasileiro, o Atlético-MG ainda não conseguiu colocar sua vida financeira em ordem. Desde o ano passado, o clube mineiro vem tentando cortar os gastos e diminuir a folha salarial para não ficar no vermelho. Nesta manhã de sexta-feira, o técnico Levir Culpi chegou a dizer que o clube estava devendo três meses de salários atrasados.

“Temos um elenco legal, temos um CT organizado, estamos só com três meses de salários atrasados, tá tudo uma maravilha. Nenhum clube do Brasil paga em dia, todos estão endividados. Nós estamos mais bem organizados que a maioria e estamos fazendo bons jogos. Me sinto candidato ao título”, falou Levir, em entrevista ao canal Bandsports.

Vale lembrar que, ao fim de 2014, quando ainda não havia decidido se ficaria no clube, o técnico Levir colocou como condição para a renovação do contrato a corte de gastos no plantel, mesmo que para isso a diretoria tivesse que deixar de contratar. A renovação veio e foi refletida nos primeiros meses do ano, em que o Atlético vendeu o atacante Diego Tardelli e começou a temporada como um dos grandes clubes brasileiros que menos se movimentaram no mercado de transferência. Esta é a primeira vez que os atrasos de salários ou direitos de imagem se torna pública na atual gestão de Daniel Nepomuceno.

“Você abre o jornal e vê Neymar, Messi, mas a realidade do futebol brasileiro é muito difícil para nós (técnicos), mas não é essa a imagem que é vendida. Você pega o que se paga para jogadores e técnicos e na minha opinião é fora de realidade, porque os times não tem condições de pagar. Todos estão atrasados e as dividas trabalhistas estão impagáveis. Com isso os times vão desaparecendo. É uma pena, mas os que forem espertos irão sobreviver”, completou.